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Enviada em: 10/10/2018

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos brasileiros na tentativa de se incluir em sociedade.     Primeiramente, é preciso ressaltar que os benefícios não alcançam todos os lugares necessários, nas comunidades não há ascensão social, intelectual e pessoal em função do esporte e a maioria das crianças e adolescentes sem recursos ainda passam muito tempo nas ruas, dedicadas ao ócio, consequentemente aprendendo coisas negativas ou se envolvendo com o tráfico de drogas, seduzidas pela possibilidade de uma vida financeira farta.     Além disso, a Constituição cidadã de 1988 garante inclusão social a todos, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil. Projetos já existentes como o Segundo Tempo, o Projovem e a Central Única das Favelas que levam atividades esportivas e culturais a crianças de baixa renda já apresentam ótimos resultados e depoimentos de superação. Em contrapartida os benefícios não alcançam todos os lugares, fazendo com que os direitos permanecem no papel.     Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. Desse modo, faz-se necessária a ampliação de projetos de inclusão que usem o esporte como ferramenta a fim de mudar tal quadro, seja através de ONG’s ou aliando o poder público a iniciativa privada para a melhoria da sociedade, tais como escola de futebol e academias de artes marciais em complexos e aglomerados habitacionais onde o recurso é escasso. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros serão inclusos socialmente.