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Enviada em: 03/10/2018

No Estado brasileiro contemporâneo, as práticas esportivas apresentam-se como uma alternativa de superação e de inclusão social. Isso se deve, sobretudo, aos benefícios proporcionados pelos fundamentos esportivos, como a disciplina e a integração coletiva. No entanto, a ascensão por meio dessa ferramenta engloba, ainda, uma minoria, haja vista a segregação de muitos indivíduos que se encontram às margens da sociedade. Nesse sentido, são necessárias ações conjuntas das instituições formadoras de opinião e de projetos governamentais, visando à resolução desse problema.        Em verdade, sob a perspectiva do líder político Nelson Mandela, para o qual o desporto tem o poder de mudar o mundo e de unir as pessoas de uma maneira que poucas outras coisas conseguem, é notória a necessidade de se ressaltar o papel desse mecanismo na superação das mazelas sociais. Nesse contexto, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida, o esporte adotado em instituições de ensino, por exemplo, reduz também os índices de discriminação e preconceito. Consoante isso, é mister buscar, na trajetória do símbolo de luta racial na África do Sul, a compreensão do que foi explanado, uma vez que ele uniu negros e brancos, na Copa do Mundo de Rúgbi, a fim de ultrapassar diferenças éticas e demonstrar a relevância dos fundamentos esportivos.        Ressalta-se, ainda, que em um País que ocupa o oitavo lugar no ranking das desigualdades sociais, segundo a ONU, o esporte é um instrumento indispensável para a ascensão coletiva. A exemplo disso, uma parcela de garotos pobres do Brasil sonha em ser jogador de futebol, baseando-se na história de craques como Ronaldo Fenômeno, que cresceu nos bairros do Rio de Janeiro e, por meio da carreira nos estádios, conseguiu transformar a realidade de sua família humilde. No entanto, apesar de tais vantagens, ainda são inúmeros os problemas enfrentados pelos baixos investimentos no desporto praticado nas pequenas comunidades. Desse modo, muitas crianças e adolescentes envolvem-se com a realidade e a violência das ruas, por ocuparem lacunas a serem preenchidas por políticas públicas.           Diante disso, é essencial que impasses sejam revertidos. Para tanto, as escolas, como bases formadoras, devem adotar práticas esportivas que envolvam os discentes e a comunidade externa em prol da inclusão social, por meio de campanhas e eventos lúdicos, a fim de ressaltar a importância do desporto para a saúde e, principalmente, para a superação de preconceitos. Ademais, o Ministério do Esporte tem a responsabilidade de ampliar as oportunidades para aqueles que sonham com a ascensão e o regresso das desigualdades, por meio de projetos sociais que resgatem jovens e crianças da marginalização e os integrem no mundo esportivo, com o fito de alcançar o progresso coletivo e o sucesso de políticas eficientes.