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Enviada em: 16/08/2018

Em uma sociedade cuja dinâmica torna-se cada vez mais competitiva, aqueles considerados socialmente vulneráveis estão em posição comparativamente desvantajosa. Para essas pessoas, a prática esportiva é capaz de oferecer sentido, motivação e oportunidades de maior qualidade de vida. Contudo, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para que o esporte se torne acessível para todos.        De modo especial para os brasileiros, não faltam exemplos de atletas que tiveras suas vidas transformadas. Muitos dos maiores jogadores da seleção brasileira, como Pelé e Neymar, vieram das periferias do país. O mesmo ocorreu com diversos medalhistas olímpicos, dos quais pode-se destacar a campeã de Judô das últimas Olimpíadas, Rafaela Silva. Tais casos demonstram que, no universo esportivo, a dedicação e a disciplina podem ser recompensadas em detrimento da raça, origem ou status social.        Contudo, para que os benefícios do esporte estejam ao alcance de todos, a dificuldade de acesso é o principal desafio a ser superado. Tendo em vista as condições da população periférica, é preferível que as atividades ocorram nas escolas e sejam gratuitas. Nesse sentido, nota-se que boa parte dos projetos são desenvolvidos por ONGs fora do ambiente escolar, o prejudica a assiduidade.        Por outro lado, existe o programa Segundo Tempo, implementado na rede pública de educação durante o primeiro governo Lula. Tal iniciativa demonstrou sucesso ao obter grande adesão por parte da juventude, além de ter incentivado os alunos a frequentarem as aulas, uma vez que as atividades ocorrem na escola, em tempo integral. Esse projeto, no entanto, tem sua manutenção ameaçada devido ao corte de verbas para educação promulgado em 2016.        Desse modo, a fim de que o esporte se torne uma ferramenta cada vez mais acessível e efetiva de inclusão social, é necessário que o Segundo Tempo seja mantido e ampliado e que outras iniciativas semelhantes sejam implementadas. Para tanto, as verbas para a educação não podem ser restringidas, o que requer uma mudança clara na perspectiva do Governo a respeito da importância da conjugação entre o ensino e prática esportiva.