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Enviada em: 30/08/2018

O esporte possui um enorme potencial de ser uma ferramenta de inclusão social, especialmente por apresentar uma variedade de modalidades e valores sociais essenciais para a formação de um indivíduo, porém, mesmo após sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de Futebol de 2014, o cenário esportivo brasileiro é de abandono e sucateamento perante investimentos e estruturas, e precisa ser revertido.  Notoriamente, o conjunto de valores sociais como o respeito, a solidariedade e a disciplina, presentes nas mais variadas modalidades esportivos como o judô, o basquete e o rúgby, moldam de maneira positiva o caráter de um cidadão e isto é essencial para a inclusão social. Exemplos como o da judoca Rafaela Silva, que é mulher, negra, homossexual e campeã olímpica de judô, mostra que o esporte tem a capacidade de superar todas as adversidades impostas as minorias desse país e um poder inclusivo único.  Entretanto, o que poderia impulsionar a presença do esporte na sociedade brasileira  acabou por afundá-la. O legado de obras superfaturadas e elefantes brancos deixado pelas Olimpíadas e Copa do Mundo, junto com a falta de estruturas básicas para a pratica de esporte por todo o país, propiciaram o atual cenário de calamidade do esporte brasileiro, que tem como adversário atual o possível corte total de verbas proposto pelo Congresso Nacional no meio desse ano, praticamente dois anos após o encerramento das Olimpíadas, mostrando o descaso do poder público com o esporte.   Dessa forma, medidas precisam ser tomadas para resolver tais problemas. O governo brasileiro deve criar políticas públicas que, por meio de bolsas esportivas, da estruturação esportiva de escolas e do fortalecimento de campeonatos escolares e universitários, garantam a democratização dos ambientes educacionais e por consequência, o aumento da  inclusão social na sociedade brasileira, utilizando assim toda a potencialidade do esporte como ferramenta para a inclusão social.