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Enviada em: 03/10/2018

Desde 1930, com  a primeira participação do Brasil na Copa do Mundo, o esporte, de modo geral,se tornou cultura do povo brasileiro, sobretudo o futebol.Em paralelo,com o passar das décadas houve uma piora nos índices de violência urbana e evasão escolar, frutos da má gestão dos recursos públicos. O esporte, como forma de união social, se torna uma opção pontual na resolução desses problemas. É necessário, portanto, a existência de um debate entre governos e núcleos sociais, a fim de que a inclusão dos excluídos através dele se torne realidade.             Atualmente, com a existência de uma gestão pública decadente, o sistema educacional brasileiro abre margem para a evasão escolar de milhões de jovens e, consequentemente,a perda deles para o crime, visto como única oportunidade de sobrevivência. Contudo, a existência de projetos sociais, como o Instituto Neymar Júnior em Santos-SP, possibilita através do ensino de direitos,deveres e valores familiares, uma nova perspectiva de futuro, que acaba por recuperar os jovens da margem social.Esse ensino através do esporte, se dá através de instigo do participante no desenvolvimento diário dentro da modalidade,que traz uma possibilidade profissional e de respeito às regras e aos seres humanos. Com isso,  a ideia propagada por Pitágoras na Antiguidade de que é necessário educar, para, no futuro, não castigar, se consolida.             Em contrapartida, desde 1998, com a aprovação da Lei Pelé/ n°9615, o acesso à prática desportiva se tornou limitado, visto que ocorreu a privatização de muitas empresas, selecionando as pessoas de maior poder aquisitivo para gerenciar clubes e projetos esportivos. Com isso,cresceu-se o número de projetos sociais, mas também as burocracias e dificuldades financeiras enfrentadas por eles, o que inibe, até hoje, a oportunidade de muitos jovens de serem inclusos novamente na sociedade.A falta no detalhamento na entrega das propostas dos projetos para análise e o déficit orçamentário, provocado pela falta de investidores e pelo desinteresse público, são as causas dessas dificuldades. Além disso, a "cegueira" governamental não permite que  análises, como a de que crianças praticando esportes custam bem menos do que elas , futuramente,no mundo do crime, estimule soluções sociais e educacionais.                         Fica evidente, portanto, o descaso governamental e a ausência de informações, que levam os diretores de projetos a errarem no detalhamento das propostas frente ao judiciário. Cabe ao Ministério do Esporte proporcionar o acesso online à modelos de declarações precisas e a fiscalização de gestores públicos, através da Polícia Federal, a fim de que ocorra investimentos governamentais no desporto social. Assim, a comunidade brasileira se tornará menos violenta e mais inclusa a cada dia.