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Enviada em: 05/10/2018

Desde o surgimento dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, os esportes têm tido destaque ao redor do mundo. No universo cinematográfico, “Paratodos”, um documentário dirigido por Marcelo Mesquita, mostra o cotidiano de atletas paraolímpicos brasileiros, investigando suas trajetórias de vida e os principais desafios envolvidos em esportes de alta performance. Além disso, o filme enfoca na discussão acerca da inclusão de deficientes físicos na sociedade, uma vez que essa realidade ainda esteja distante para a maioria dessa população, destacando-se como principais causas a discriminação e a falta de infraestrutura existentes no Brasil.      Em primeiro lugar, nota-se que o preconceito contra pessoas com deficiência é encontrado em diversos setores da sociedade. De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos, quase 24% dos brasileiros apresentam ao menos uma deficiência, seja ela visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Entretanto, o que se percebe é a enorme invisibilidade sofrida pelos mesmos, posto que, geralmente, são considerados seres incapazes e inválidos, enfrentando barreiras em seu convívio social, no qual incluem-se relacionamentos, mercado de trabalho e práticas esportivas. Afinal, como é dito pelo sociólogo Karl Marx, o homem é por natureza um animal social. Desse modo, é preciso que a população brasileira desconstrua esses conceitos e torne possível a sociabilização desses indivíduos.         Em segundo lugar, percebe-se que existe uma carência de recursos necessários para a realização de variedades esportivas. Segundo o Jornal O Globo, seis em cada dez escolas brasileiras não possuem quadras para a prática de atividade física. Ademais, também é observado a falta de profissionais especializados e de equipamentos adequados nesses locais. Para Priscila Cruz, do movimento “Todos pela Educação”, a educação física tende a ser desprezada e, por esse motivo, os investimentos são insuficientes. Nesse sentido, é dever do Poder Público a garantia de uma infraestrutura propícia para o incentivo e o desenvolvimento dessa disciplina no ambiente escolar.     Infere-se, portanto, a importância do esporte como ferramenta de inclusão social e a sua necessidade de aprimoramento. A princípio, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Esporte, deverão investir na construção de quadras poliesportivas em todas as instituições de ensino do país, incluindo a oferta de todas as ferramentas necessárias aos deficientes, como equipamentos, vestimentas e acessórios, a fim de que as atividades físicas sejam realizadas em total segurança. Além disso, deverão disponibilizar treinamentos especializados, com acompanhamento de educadores físicos e fisioterapeutas, com a finalidade de preparar, desde cedo, futuros atletas para a carreira esportiva. Dessa forma, será possível que o esporte cumpra seu papel na integração social desses indivíduos.