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Enviada em: 06/10/2018

Teoria funcionalista     Segundo Durkeim, sociólogo alemão, a sociedade é um organismo que precisa da ação integrada de seus órgãos para alcançar seu devido funcionamento, evitando a anomia - crise- social. No entanto, ao observar o Brasil, é possível encontrar graves problemas, como os investimentos desiguais aplicados na área do esporte, seja de origem pública seja de origem privada, que acarretam uma inclusão social pouco eficiente. Nesse viés, cabe destacar a elitização do esporte e a supervalorização do futebol como as raízes do preocupante quadro.     A priori, é necessário analisar que o difícil acesso aos diferentes tipos de esportes é um fator contribuinte para a problemática. Isso ocorre porque muitas modalidades esportivas demandam um alto custo de investimento por parte do atleta, uma vez que apesar de existirem incentivos governamentais gratuitos, como projetos sociais em comunidades, eles são pouco abrangentes. Consequentemente, o leque de possibilidades para aqueles que querem praticar esporte, ou por entretenimento ou não, é reduzido, dificultando, assim, que inúmeros valores fundamentais, como a solidariedade, o respeito ao próximo,a possibilidade de superação sejam ensinados à população, o que abala a inclusão social.     Ademais, não se pode esquecer como a supervalorização do futebol influencia negativamente essa situação delicada. O ufanismo é um tipo de patriotismo exagerado que durante o século XX contribuiu para a ocorrência de vários conflitos mundiais, como a Segunda Guerra, visto que levou algumas sociedades a olharem somente para si e a desvalorizarem ou até não enxergarem os outros povos. Analogamente, a valorização exagerada de uma única modalidade, o futebol, ainda que por questões de identidade cultural ou econômicas, fecha o campo de visão dos cidadãos acerca dos outros esportes. Por conseguinte, esses demais que poderiam receber investimento e ser instrumento de mudança na vida de muitos tornam-se visíveis apenas de 4 em 4 anos quando ocorrem as olimpíadas. Essa situação, do ufanismo esportista, pode acarretar desequilíbrio na harmonia social.    Portanto, fica claro que a elitização do esporte e a supervalorização do futebol são as raízes do problema. Nessa perspectiva, é urgente que os Ministérios de Esporte e Educação promovam mais  projetos sociais como eventos esportivos organizados periodicamente em escolas ou estágios olimpicos, que são pouco utilizados, por meio da colaboração financeira federal e de patrocínios privados, a fim de apresentar aos cidadãos, em especial jovens e crianças, as possibilidades de esporte e incentiva-los a criar a cultura de praticar exercícios físicos, aumentando a inclusão. Assim, o corpo social será mais coeso no que tange o tema e a teoria funcionalista de Durkheim, será comprovada.