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Enviada em: 11/10/2018

Possuindo a alcunha de "País do Futebol", são vários os exemplares de atletas brasileiros que viram no esporte uma engrenagem a impulsionar a superação e o progresso de suas realidades, a fim de romper com a exclusão social e aprimorar seus condicionamentos físicos e psíquicos. Todavia, no Brasil, o déficit infraestrutural na homogeneização de zonas esportivas e o ínfimo empenho de agentes formadores de opinião no incentivo à pratica de desportos atrasam o enraizamento de uma cultura de valorização do esporte como um importante mecanismo de avanço social na nação brasileira.     De fato, apesar de o Brasil ter sediado a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o investimento orçamentário em arranjos da estrutura esportiva ficou restrito ao evento, não cerceando todo o país, o qual possui muitos municípios com polos de lazer defasados e sem equipamento, áreas com poucos educadores físicos e quadras poliesportivas abandonadas pelo Governo, principalmente em zonas de vulnerabilidade econômica e social. Tal omissão do Estado contribui para o retrocesso nacional na equalização do acesso ao esporte, visto que este é valoroso no processo de combate ao aliciamento de crianças e jovens pelo mundo do crime e das drogas, além de estimular virtudes como a responsabilidade e a coletividade, benefícios frutos do esporte, que foram experimentados pela judoca Rafaela Silva, atleta carioca de origem humilde e medalhista de ouro nas Olimpíadas, em 2016.      Ademais, projetos como o Instituto Neymar, encabeçado pelo jogador da Seleção Brasileira, Neymar Júnior, que ascendeu social e mundialmente graças ao seu empenho pessoal no futebol, realçam a qualidade de vida de vários jovens, funcionando como incentivo à educação e ao esporte, além de otimizar o apreço, do meio social e dos indivíduos assistidos pelo projeto, pelos desportos. Em contrariedade a tal perspectiva, propostas como a do craque não são incorporadas pelos ministérios do Governo, o que dá à educação brasileira uma disposição arcaica, em que vários pilares essenciais para o desenvolvimento do indivíduo são desprivilegiados, como o esporte, haja vista um certo preconceito familiar e baixo apelo midiático na tomada de tal segmento como um atributo elevação profissional.        Portanto,  é fulcral que o Poder Público efetive ajustes orçamentários que reorganizem o decadente acervo estrutural esportivo presente no país, com a construção de mais centros poliesportivos em todo o Brasil, a contratação de mais educadores físicos e o desenvolvimento de escolinhas de várias modalidades, a fim de investir na carreira dos interessados e incentivar a continuidade destes no programa. Além disso, é crucial que as escolas destaquem a importância do esporte para a malha social, com o uso de palestras e filmes que abordem a temática da superação por meio do atletismo, conclamando as famílias a participar, a fim de dar apoio integral às práticas esportivas dos filhos.