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Enviada em: 13/10/2018

Vinte e três de junho        Os Jogos Paraolímpicos têm como palco de origem a cidade de Roma e foram estreados com o intuito de reabilitar os feridos da Segunda Guerra Mundial. Tal evento ainda é contínuo na atualidade, pois atua na inclusão coletiva e contribui para a ascensão social. Entretanto, a prática esportiva é negligenciada pelo Estado Democrático de Direito, por isso está cada vez mais frágil e silenciada.      Em primeira análise, é mister a compreensão de que o esporte viabiliza oportunidades. Em síntese, isso ocorre devido à possibilidade de encontrar talentos esportivos em práticas cotidianas de atividade física. Desse modo, pode-se classificar a jogadora Marta como integrante desse cenário, haja vista que representa grande fonte de inspiração para mulheres que desejam conquistar espaço no futebol feminino. Somado a isso, nota-se que exercícios como o Muay Thai instigam disciplina e respeito entre os participantes, o que torna tal ato essencial para a formação de bons valores.      Ocorre, por outro lado, o desprestígio estatal no que tange a investimentos no setor esportivo. Em decorrência disso, observa-se que a hipervalorização do futebol nacional fragiliza os outros esportes, como a capoeira, a qual é responsável por incluir muitos deficientes físicos e mentais nas atividades. Apesar disso, os esportes adaptados para pessoas especiais são uma importante ferramenta de cidadania, pois estimulam o trabalho coletivo, além de concretizarem o ideal aristotélico de que é preciso tratar os desiguais na medida de suas desigualdades. Contudo, esse mapa encontra-se distante do ideal.       Fica clara, portanto, a necessidade de resgatar os princípios dos Jogos Paraolímpicos: a inclusão. Para tal objetivo, o Ministério das Cidades, em parceria com arquitetos, deve formular projetos públicos, a serem realizados com o capital desviado em atos de corrupção, os quais envolvem a criação de ginásios e quadras esportivas livres ao público, a fim de atingir maiores níveis de inclusão por meio de todos os esportes e contribuir para a descoberta de talentos. Em consonância, cabe à mídia, sobre instrução do Ministério dos Esportes, criar campanhas capazes de valorizar a data comemorativa do esporte - vinte e três de junho - que devem ser exibidas em horário nobre, para que os cidadãos informe-se acerca da imprescindibilidade das atividades esportivas na vida coletiva de inclusão.