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Enviada em: 20/05/2017

Durante as Olimpíadas de 1936, na Alemanha nazista, foi promovido o mito da superioridade física dos arianos, o que corroborou para o desprestígio das demais raças no esporte. Analogamente, no Brasil atual, é possível observar a exclusão no âmbito esportivo, o qual deveria garantir a integração de todos. Tal situação é perceptível tanto pela irrelevância como é tratado o deficiente físico no desporto quanto pela falta de incentivo para a inserção da mulher nesse meio.  Em primeiro lugar, é válido enfatizar a importância do esporte para o desenvolvimento das relações pessoais. Nesse sentido, a prática desportiva torna-se essencial à vida dos deficientes físicos, de modo a promover a sua independência e garantir sua integração na comunidade através da oportunidade de socialização. No entanto, o desporto para esses cidadãos com condições especiais ainda é visto com desinteresse por boa parte da sociedade, o que determina a desvalorização e a falta de estímulo para essa prática tão benéfica. Prova disso foi a dificuldade em vender os ingressos das Paralimpíadas de 2016, que tiveram de ter seus preços reduzidos a fim de atrair o público.  Além disso, devido à cultura patriarcal da sociedade brasileira, a categoria feminina não foi completamente inserida no meio esportivo. Assim, a discrepância salarial entre os atletas femininos e masculinos ainda é muito grande, sobretudo, no futebol, de acordo com o levantamento feito pelo Portal EBC. Essa situação é reflexo da falta de atração da população pela participação feminina no esporte, bem como da consequente falta de visibilidade da mídia, que acarreta a ausência de patrocínios. Nesse aspecto, as mulheres encontram obstáculos para estabelecer uma carreira voltada para o desporto, além de garantir os benefícios da ascensão social promovidos por esse.  Em síntese, visto a importância do esporte não somente para o desenvolvimento do indivíduo, mas também para a sua elevação na sociedade, medidas são necessárias a fim de garantir o acesso de todos a tais ganhos. Dessa forma, com o objetivo de aumentar o patrocínio e a visibilidade esportiva das minorias sociais, a Receita Federal deve oferecer subsídios às marcas esportivas que patrocinarem essas categorias. Além disso, a mídia deve promover uma conscientização para a valorização das pessoas especiais no esporte, através de campanhas e ficção engajada com o fim de mostrar que a capacidade de realizar atividades físicas independe de raça, classe social ou gênero.