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Enviada em: 23/08/2017

Em 1894 o brasileiro Charles Miller trouxe para o país uma bola de futebol e o conjunto de regras da Inglaterra. Nesse contexto a prática esportiva era restrita à elite. Entretanto, nos últimos anos o esporte é vivenciado intensamente: Copa do Mundo em 2014, Olímpiadas e Paralímpiadas em 2016, ambos sediados no Brasil aproximou o esporte das minorias, tornando-o uma forma de inclusão social. Dessa forma o poder transformador do esporte pode ser visualizado sob dois aspectos. no seu papel na formação ética e no seu caráter centralizador.      É importante ressaltar que, a prática esportiva ajuda na saúde, autoestima, espírito de equipe e nos objetivos como um todo. Todavia não há valorização da Educação Física no currículo escolar devido a falta de investimentos do governo, assim o acesso é limitado por barreiras estruturais e pela falta de equipamentos. A Constituição Federal prevê que "é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais" entretanto essa realidade não é vivenciada.     É pertinente avaliar que, apesar da falta de incentivos governamentais, jovens de origem humilde conquistaram medalhas olímpicas em 2016 e foi um meio de conquista da cidadania. Como a medalhista de judô Rafaela Silva que ajudou romper com estereótipos e preconceitos. A também diversos projetos que levam atividades esportivas à crianças, como por exemplo o Segundo Tempo, o Prójovem e a Central Única das Favelas que tem por objetivo livrar jovens da criminalidade, assim a prática imploca na integração entre os diferentes, na cooperação no aprendizado mútuo.     Portanto, medidas são necessárias para arrefecer a dificuldade de acesso ao esporte. Cabe ao Estado garantir os programas previstos nas cidades-sede da Copa e Olimpíadas e através de parcerias com escolas criar meios que fomentem os mais variados esportes. Soma-se a isso a criação de escolas de futebol e artes marciais em complexos e aglomerados populacionais. Cabe a população cobrar a utilização dos centros de treinamentos construídos para os eventos e incentivar os deficientes a se beneficiarem do esporte, sendo incluidos nas práticas. Só assim poder-se-á transformar o Brasil em uma realidade diferente de 1894, com a  prática restrita, e sim usar o esporte para aproximar e incluir a população