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Enviada em: 23/08/2017

Desde a Grécia Antiga, o esporte é associado a uma atividade que promove a manutenção da saúde e a integração entre indivíduos. Nesse contexto, sabe-se que a prática esportiva, aliada à educação é uma grande arma social para combater a desigualdade e a marginalização de crianças e adolescentes. Entretanto, no Brasil, o acesso à esse direito ainda enfrenta barreiras que precisam ser ultrapassadas.         Os direitos sociais, garantindos no artigo 6° da Constituição Federal, não são democraticamente exercidos pelos cidadãos, devido aos abismos sociais presentes na sociedade brasileira. Diante disso, como um meio de proporcionar a cidadania plena e dar um contexto digno àqueles que diariamente são marginalizados, o esporte surge como um instrumento lúdico que leva a formação de valores como a ética, a disciplina e a moral ao dia a dia dos jovens, afastando-os da violencia e da criminalidade nas ruas. Desse modo, assim como foi defendido pela ONU, o esporte vai além de disputas em estádios e ginásios, ele cresce, cada vez mais, como ferramenta de inclusão social.       A descentralização e a popularização de práticas esportivas, ainda é um problema a ser solucionado. Segundo pesquisa do IBOPE, apenas 30% das escolas públicas brasileiras possuem espaço para a educação física. Diante disso, mesmo com o Brasil sediando, nos últimos 5 anos, os maiores eventos esportivos do mundo, as Olimpíadas e a Copa do Mundo, nota-se que essa cultura não faz parte da realidade de boa parte da população. Assim, é preciso investimentos que aumentem o acesso do esporte às crianças e aos adolescentes, nas escolas, pois a união desses dois formam e revelam caráter para a construção de um país mais justo.     Fica evidente, portanto, a importância do esporte como ferramenta de inclusão e a necessidade de enfrentar os desafios para a democratização desse meio na sociedade. Para tanto, é preciso compartilhar as responsabilidades. A sociedade civil organizada, com apoio da União, desenvolva projetos para a construção de quadras e ginásios nas periferias, disponibilizando a prática de esportes nesses lugares de maneira mais igual. Além disso, o governo, através do Ministério da Educação, aumentar e investir na formação de educadores físicos para que estes possam atuar em escolas, combatendo os baixos índices do IBOPE. Dessa forma, diante essas medidas, será possível utilizar o não só como mecanismo de saúde e sim, como um artifício para acabar com a marginalização e a desigualdade social.