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Enviada em: 16/09/2017

Jogos Pan-americanos de 2007, Campeonato Mundial de Judô em 2013, Copa do Mundo de 2014. Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem vivenciado intensamente a experiência do esporte. De fato, mais do que  atividade de célebres competidores ou negócio que envolve movimentação de milhões de reais, o esporte é um poderoso meio de inclusão social capaz de transformar vidas. A prática esportiva ajuda na saúde, autoestima, espírito de equipe e objetivos concretos. Além disso, cumpre papel importante na formação ética dos indivíduos e no seu caráter socializador.         Dentre os fundamentos do esporte é válido ressaltar a disciplina, o respeito às regras e a interação, ideias que contribuem na formação do sujeito social. Assim, uma série de virtudes éticas são construídas e desenvolvidas, pois, segundo Aristóteles, a virtude consiste na prática habitual do bem. Por outro lado, não se pode ignorar o papel inestimável do desporto no processo de socialização. Aliás, ainda segundo Aristóteles, o homem é naturalmente um ser social e político, ou seja, engajar-se na vida social é constituinte da sua essência. Deste modo, cabe ao Estado cumprir o que é relatado na Constituição Federal Brasileira "é dever do Estado fomentar práticas esportivas formais e não-formais." Por meio do esporte há grande cooperação e aprendizado mútuo, assim,   muitos jovens podem ter o esporte como meio de melhoria das condições de vida e escape da criminalidade que os cercam.              No entanto, não há valorização do esporte no currículo escolar. A falta de incentivo financeiro revela que o Estado não acredita no esporte como meio de formação pessoal e profissional. Ademais, o acesso ao esporte pelos portadores de deficiência, sempre foi limitado por barreiras estruturais, equipamentos e, essencialmente, fatores de ordem social. Isso acontece em razão da valorização excessiva de apenas um esporte - futebol- o que desmotiva a prática de outros. Do mesmo modo, a Reforma do Ensino Médio, ao retirar a obrigatoriedade da Educação Física nos últimos anos de estudo, desvaloriza ainda mais o esporte. Contudo, com a realização das Paralimpíadas, muitos passaram a admirar atletas heróis entenderam que é possível se destacar no esporte, independente das diferenças.              Dessa forma, o Estado Federal deve garantir os programas previstos nas cidades sede da Copa e das Olimpíadas, por meio de fiscalização, para fomentar a prática dos mais variados esportes. Os agentes de "marketing" devem dar maior atenção aos deficientes promovendo campanhas de valorização, já que são indivíduos cada vez mais atuantes na sociedade. É preciso que o Ministério dos Esportes valorize o profissional de Educação Física, este deve ser agente central na escola, conduzindo projeto e articulando iniciativas. A Educação Física não deve ser vista como mero meio de recreação, mas sim como um ponto-chave das políticas de ação social.