Materiais:
Enviada em: 08/09/2017

O esporte é uma importante ferramenta social de inclusão e de exercício não apenas do corpo, como também da mente, que possibilita melhorias na qualidade de vida de quem o pratica. Além disso, durante a atividade esportiva, crianças e adolescentes aprendem muito mais que técnicas, eles agregam valores. Embora, no Brasil, desde o governo ditatorial de Getúlio Vargas exista políticas públicas do esporte, elas não são o suficiente. Por isso, deveria haver mais incentivos nesse setor, para incluir mais pessoas em situação de vulnerabilidade, a fim de reduzir problemas no país, como a criminalidade.    Em primeiro lugar, cabe destacar que a prática desportiva é um direito garantido constitucionalmente. Além do mais, em 2003, no Governo Lula, foi criado o Ministério do Esporte, esses fatos fizeram com que houvesse um aumento de políticas sociais desse setor, como o Segundo Tempo, que acontece nas escolas públicas brasileiras. Contudo, não há um acompanhamento organizado de tais programas para avaliar a eficiência da inclusão, principalmente, de pessoas das camadas mais populares. Aliás, muitas vezes, tais projetos não têm continuidade, visto que não há infraestrutura para mantê-los.    Por outro lado, é imprescindível destacar que o esporte pode ser considerado como um meio de coesão social, que segundo o sociólogo, Emile Durkheim, tem o poder de manter a sociedade unida. Essa característica é perceptível, visto que uma criança ao executar exercícios esportivos regularmente cresce com mais saúde, relaciona-se melhor com outras pessoas e tem um melhor rendimento escolar. Isso ocorre, devido ao fato dela aprender por intermédio das atividades físicas a ter disciplina e a colocar em prática valores, como o respeito. Assim, consequentemente, esses fatores fazem com que os jovens se afastem do crime e das drogas, de modo a formar cidadãos de boa índole.    Fica evidente, portanto, a necessidade de fazer com que o esporte seja uma ferramenta efetiva de inserção, com o intuito de reduzir os dilemas sociais do cotidiano dos brasileiros. Logo, cabe ao MEC, Ministério do Esporte e Cultura em parceria com as escolas públicas, mudar a perspectiva em relação à disciplina de educação física. Isso deve ocorrer para que ela não seja vista apenas como recreação, mas como um ponto chave das políticas de inclusão. De igual modo, os pais devem incentivar os filhos a praticarem algum tipo de atividade desportiva, não só para trazer benefícios a saúde, mas também para melhorar a convivência em sociedade. Ademais, é preciso uma parceria entre o poder público e empresas, com o objetivo de melhorar a infraestrutura de quadras poliesportivas já existentes e construir novas. Tal ação deve ocorrer com a intenção de evitar o fim de programas públicos, por causa da falta de locais estruturados para realização das atividades.