Materiais:
Enviada em: 09/09/2017

O esporte é uma importante ferramenta social de inclusão e de exercício, não apenas do corpo, como também da mente. Aliás, durante a atividade esportiva, crianças e adolescentes aprendem muito mais que técnicas, eles agregam valores. Embora, no Brasil, desde o governo ditatorial de Getúlio Vargas, entre 1937 e 1946, existam políticas públicas do esporte, elas são insuficientes para suprir a demanda nacional. Logo, deveria aumentar os incentivos nesse setor, para incluir mais pessoas em situação de vulnerabilidade.    Em primeiro lugar, cabe destacar que a prática desportiva é um direito garantido constitucionalmente. Além do mais, no Governo Lula foi criado o Ministério do Esporte, que possibilitou a implantação de novas políticas sociais nesse setor, como o Programa Segundo Tempo. Esse projeto foi implantado em 2003 e visa democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte educacional, junto com escolas públicas. Contudo, não há um acompanhamento organizado dessas políticas para avaliar a eficiência da inclusão, principalmente, de pessoas das camadas mais populares. Aliás, muitas vezes, tais projetos não têm continuidade, visto que não há infraestrutura para mantê-los.    Por outro lado, é imprescindível destacar que o esporte pode ser considerado como um meio de coesão social, que, segundo o sociólogo Émile Durkheim, tem o poder de manter a sociedade unida. Essa característica é perceptível, visto que uma criança, ao executar exercícios esportivos regularmente, cresce com mais saúde, relaciona-se melhor com outras pessoas e tem um melhor rendimento escolar. Isso ocorre devido ao fato de ela aprender a ter disciplina e a colocar em prática valores, como o respeito. Assim, consequentemente, esses fatores afastam os jovens do crime e das drogas, de modo a formar cidadãos de boa índole.     Fica evidente, portanto, a necessidade de tornar o esporte uma ferramenta efetiva de inserção. Logo, cabe ao MEC, Ministério do Esporte e Cultura, junto com escolas públicas, mudar a concepção em relação à disciplina de educação física. De modo que ela não seja vista apenas como recreação, mas como um ponto-chave das políticas de inclusão. Isso deve ocorrer para que os jovens aprendam a importância da prática desportiva, não só por trazer benefícios à saúde, mas também por melhorar a convivência em sociedade. Ademais, deve haver uma parceria entre o Governo Federal e empresas, para melhorar a infraestrutura de quadras poliesportivas já existentes e construir novas. Tal ação precisa ocorrer com a intenção de evitar o fim de programas públicos, por causa da falta de locais estruturados para realização das atividades. Além de trazer benefícios à sociedade, como evitar que crianças e adolescentes se envolvam com a criminalidade, pois ocupam seu tempo com esportes.