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Enviada em: 04/10/2017

Émile Durkheim, sociólogo, afirmava que o fato social é o influenciador do determinismo. Nesse sentido, ao analisar o abismo entre as classes sociais no Brasil, marcadas pela desigualdade, o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão social. Entretanto, o baixo investimento direcionado ao setor é ainda, um entrave para possibilitar seu desenvolvimento e suas causas hão de ser analisadas.       Em uma primeira abordagem, é importante sinalizar que o Brasil não se livrou das amarras da exclusão. Tomando como exemplo os campeões olímpicos Robson Conceição e Rafaela Silva, que tiveram suas vidas marcas pela fome e violência, o esporte constitui bases para que estes atletas, por meio da ética e precisão, construíssem um comportamento moral, transformando sua condição social. Assim, retomando o pensamento de Durkheim, o fato social, ligado ao determinismo e somado ao esporte, por exemplo, gera inclusão social, pois novas oportunidades são criadas.       Aprofundando a análise, percebe-se que além dos fatores sociais, a falta de investimentos e incentivo deve ser vencida. Isso é comprovado, pelo fato de que a maioria dos atletas não obtém patrocínio e, devido ao alto custo dos equipamentos, abandonam os treinamentos. Além do mais, muitos precisam contribuir com a renda familiar, o que constitui outro problema.       Por assim dizer, o esporte pode reduzir ou até mesmo excluir o asco social da desigualdade. Em suma, para que isso ocorra de fato, seria conveniente que o Estado, em uma ação conjunta a ONG’s e a iniciativa privada reúnam recursos e os distribuam de forma igual para fomentar o esporte, ainda, em áreas periféricas, construir complexos esportivos e capacitar profissionais para formar atletas que possam competir mundialmente. Ademais, nas escolas, introduzir nas aulas de Ética e Educação Física o conceito determinista, para que, o esporte aja com seu potencial transformador e o Brasil, seja um país socialmente melhor em distribuição de recursos e oportunidades.