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Enviada em: 11/10/2017

Neymar, que era uma criança de classe média baixa, tornou-se, por meio do esporte, um dos nomes mais renomados do futebol mundial. Apesar de nem todos os brasileiros conseguirem o mesmo prestígio desse jogador, não se pode negar a capacidade do esporte de ser uma ferramenta para a inclusão social. Entretanto, esse potencial positivo não é bem aproveitado no Brasil, devido, principalmente, à falta de incentivos governamentais.     Em primeiro plano, o esporte tem um papel inestimável no processo de socialização. Nesse sentido, como diria Aristóteles, o homem é um animal político, ou seja, engajar-se na vida social é um aspecto constitutivo do ser humano. Assim, a socialização, que é a introdução do indivíduo na sociedade, é de extrema importância, e o esporte pode ter um papel vital nisso. De fato, a prática de desportos cria uma comunidade, onde o indivíduo é capaz de se relacionar e trocar conhecimento com os outros integrantes. Algo que comprova isso é a existência de inúmeras federações esportivas no Brasil.      Entretanto, nem sempre esse potencial de inclusão social é bem aproveitado. Nessa perspectiva, o governo vê o esporte como, principalmente, um meio de arrecadar dinheiro. De fato, o lucro estatal ocorre de forma muito mais dinâmica em investimentos em infraestrutura do que em times de base, por exemplo. Entretanto, a longo prazo, o que é capaz de mudar a realidade social do Brasil é o incentivo a esses atletas.          Torna-se evidente portanto, que a prática de desportos tem a capacidade de incluir socialmente vários brasileiros, mas isso, infelizmente, não ocorre. Para solucionar esse subaproveitamento, medidas são necessárias. Nesse sentido, o Ministério da Educação, aliado ao dos Esportes, deve ampliar o número de times esportivos escolares, por meio da utilização do horário extraclasse. Essas equipes participarão de várias competições e treinamentos interescolares, a fim de criar uma comunidade integrada de jovens em função do esporte. Apenas assim, casos de ascensões meteóricas como o de Neymar poderão ser mais frequentes.