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Enviada em: 13/10/2017

Desde a Grécia Antiga, berço da Filosofia e dos Jogos Olímpicos, o esporte era visto como ferramenta de inclusão social entre os habitantes. Hoje, no Brasil, a prática do esporte ascende uma discussão que pode ser visualizada sob dois aspectos: sua participação na construção moral do indivíduo e seu poder de mudança social.       Nesse sentido, vale ressaltar que o Brasil carrega um estereótipo de ser uma nação que incentiva e abraça o esporte como parte de sua identidade. Assim, muitos atletas tem a oportunidade de usar seu talento esportivo como forma de melhorar a renda e ascender socialmente, como por exemplo, a judoca Rafaela Silva que se tornou a primeira brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô, mesmo frente a muitas dificuldades como o racismo e a falta de dinheiro. No entanto, não podemos reduzir a prática esportiva aos competidores célebres e aos megaeventos, como a Copa e as Olimpíadas. Logo, é importante salientar que muitos esportistas não recebem apoio suficiente para exercerem sua profissão, sendo a falta de patrocínio e as condições insuficientes para o treino os principais empecilhos enfrentados por eles.        Além disso, de acordo com o filósofo Aristóteles, o ser humano é naturalmente sociável. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que ao ter contato com o esporte, a população adquire valores importantes para o desenvolvimento pessoal. Com os jogos, existe um estímulo ao trabalho em equipe, aos valores morais e éticos além da promoção do respeito ao próximo e da determinação, fatos essenciais para a construção da cidadania em cada um. Porém, contrastante à isso, muitas vezes, o esporte não recebe o investimento estrutural necessário dentro das escolas públicas, por exemplo.       Dessa forma, para que haja um crescimento do esporte no Brasil é necessário que o sentimento de apreciação grega aos jogos esportivos retorne de forma coletiva. É dever do Estado juntamente com os gestores municipais, implantar centros e instituições sociais que estimulem a prática do esporte, priorizando as periferias e as regiões mais pobres do país. Ademais, esses centros esportivos devem fazer parcerias com faculdades no exterior, oferecendo aos atletas oportunidades de praticar e crescerem socialmente em outros lugares, promovendo seu protagonismo e dando a chance que precisam para se tornarem grandes nomes para o Brasil, perpetuando e legitimando o legado do país: uma nação que abraça o esporte e entende sua real importância.