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Enviada em: 16/10/2017

Copa do mundo. Olimpíadas. Paralimpíadas. O desejo de participação nessas competições move os sonhos e o cotidiano de muitos jovens brasileiros. Com a recente realização desses eventos no país em 2014 e em 2016, o esporte ganhou o foco das discussões como uma importante ferramenta de inclusão social. Apesar dos investimentos para tais realizações, o clima de abandono e as disparidades sociais corroboram para a minimização dos aspectos positivos.    Em primeira instância, cabe analisar que em um pais marcado pelos abismos sociais, o esporte se torna uma ferramenta de ascensão e, conseqüentemente, reduz as chances de jovens se dedicarem ao ócio e a violência. Prova disso, são atletas como Bianca Araujo e Rafaela Silva, que mesmo nascidas em comunidades de baixa renda, hoje se tornaram ícones do esporte brasileiro. Aliado ao processo de ascensão, a inclusão social nas atividades esportivas promove ensinamentos básicos, como determinação e alteridade contribuindo para a formação moral do cidadão.    Além disso, os incentivos e investimentos na área desportiva, principalmente em regiões de periferia, ainda carecem de atenção e infraestrutura. Após a realização da copa do mundo e olimpíadas, muitos estádios frutos de enormes verbas que poderiam ser reutilizados foram abandonados. Nesse sentido, a falta de incentivo financeiro é a principal causa do afastamento de muitos atletas do treinamento por não terem condições de participar de competições , além de déficit no esporte de base e no suporte estrutural nas escolas brasileiras.    Fica evidente, portanto, a importância de medidas a serem tomadas a fim de amenizar esse quadro de retrocesso. Faz-se necessário que o governo federal, em parceria com governos estaduais por meio de incentivos fiscais, estimulem a construção de núcleos esportivos em comunidades a fim de captar novos atletas. Ademais, os mesmos em parcerias com o setor privado além de proporcionarem a revitalização de estádios abandonados para promover uma integração de desporto nacional devem destinar verbas para a implantação de quadras poliesportivas nos centros educacionais. Não menos importante, é indispensável que as ONG’s intensifiquem seus projetos de levar o esporte à comunidades carentes e promover a integração social.