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Enviada em: 16/10/2017

É incontrovertível o papel do esporte como fator metamorfoseador no curso de milhares de pessoas. Esportistas como Neymar Jr, Daiane dos Santos, Pelé são exemplos que encontraram no esporte a oportunidade de mudança de vida e de inclusão social, inspirando, dessa forma, muitos jovens pelo país. Entretanto, a falta de incentivos e a concentração de investimentos nas grandes cidades são fatores que prejudicam o sonho de jovens que buscam, no esporte, subterfúgios de suas realidades.       Em primeiro plano, é necessário entender a importância do impacto sociocultural que o esporte provoca na sociedade. Em áreas dominadas pelo crime, por exemplo, a prática esportiva é uma oportunidade de seguir um caminho diferente do tráfico e da criminalidade. Ademais, o esporte apresenta características, tais como disciplina, perseverança, coragem, que contribuem para a formação ética do indivíduo. Nesse sentido, a falta de incentivos configura-se como um fomentador ao abandono às práticas esportivas e prejudica, dessa forma, a construção de uma cidadania melhor.       De outra parte, os financiamentos governamentais existentes estão concentrados nas grandes cidades. A exemplo do Rio de Janeiro que, em 2016, foi sede das Olimpíadas e recebeu uma grande infraestrutura para realizar o evento. Sob esta perspectiva, um jovem carioca terá mais chances de obter treinamentos adequados e patrocinadores do que um jovem de uma cidade onde a infraestrutura é precária e a política de incentivos às atividades esportivas é quase inexistente. Sendo assim, muitas pessoas espalhadas pela periferia do Brasil  veem, nessa hodierna conjuntura, seus sonhos mais distantes.    Torna-se evidente, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de atenuar esses impasses. O governo federal deve priorizar os investimentos no esporte em pequenas e médias cidades através de melhorias da infraestrutura. Bem como deve criar instituições públicas que ofereçam recreação à população por meio de vários esportes a fim de incentivar as comunidades à prática esportiva. Por fim, as ONGs podem ajudar estimulando competições escolares e impulsionando futuros atletas. Quem sabe, assim, o sonho de milhares de brasileiros permaneça vivo.