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Enviada em: 26/10/2017

" Se a educação sozinha não pode mudar a sociedade tampouco sem ela a sociedade muda". Tal declaração, proposta por Paulo Freire, permite-nos refletir, em nossos dias, como  a falta de planejamento por parte do governo em conciliar esporte e educação representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada por nossa sociedade. Nesse sentido, é necessário analisar consequências do esporte como meio de inclusão social em nosso país.   Primeiramente, em um país marcado pelo abismo entre classes, o esporte é ferramenta de ascensão e, consequentemente, de redução de desigualdade. Prova disso são os atletas Robson Conceição e Rafaela Silva, campeões olímpicos, que tiveram suas vidas, marcadas pela fome e pela violência, transformadas. Soma-se isso o fundamental papel do esporte na formação do indivíduo, visto que os ensinamentos básicos das modalidades esportivas, ética e determinação, auxiliam no processo de construção moral.  Entretanto se compararmos o investimento em esportes do governo dos Estados Unidos com o do Brasil percebemos como estamos longe do nosso melhor. Tal fato se torna concreto ao analisarmos que na última Olimpíada das 18 jogadoras de futebol convocadas pelo país apenas uma não possuía graduação. Além disso o fato de grandes universidades como Havard, MIT e UCLA possuírem olheiros que dão bolsas de até 100% para atletas de destaque no ensino médio é um ponto positivo para a melhoria da sociedade e inclusão daqueles que possuem menor renda familiar.  Portanto, para o crescimento do esporte brasileiro é necessário a mobiliação conjunta de agentes do Governo Federal e as equipes esportivas. Nesse sentido, o Ministério da Educação em parceria com o Comitê Esportivo devem criar campeonatos escolares com a presença de olheiros de equipes profissionais e patrocinadores, com o intuito de aqueles que se destacarem ganharem bolsa esportiva em faculdades e oportunidades no profissional.