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Enviada em: 31/01/2018

Na Grécia Antiga, habilidades esportivas eram consideradas ferramentas de ascensão social. No contexto brasileiro, o esporte atua como um mecanismo fundamental de inclusão social, além de contribuir tanto para a saúde física quanto psicológica do indivíduo. Entretanto, a notável desigualdade social no país, aliada à falta de investimentos no setor de esportes, é um impasse para a democratização do acesso a essas atividades.       Pitágoras, importante filósofo e matemático grego, propunha: "Educai as crianças e não será preciso punir os adultos". Partindo desse pressuposto, é válido ressaltar que em comunidades carentes o esporte desempenha uma função social, impedindo que crianças e adolescentes recorram à criminalidade, uma vez que disciplina, respeito, regras e interação são fundamentos básicos de grande parte das atividades, o que contribui para a formação moral do indivíduo. No Brasil, são incontáveis as experiências de superação por meio do esporte. No que tange ao futebol, é pertinente citar Ronaldo Fenômeno que, de origem humilde e nascido na periferia do Rio de Janeiro, teve o talento descoberto e aos 17 anos já competia na Copa do Mundo.       O governo, com o objetivo de fomentar a democratização  do acesso às atividades esportivas educacionais, possui, dentre outros projetos, o Programa Segundo Tempo, que visa a inclusão social e o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens que participam ou não do sistema de ensino regular, prioritariamente em áreas de risco e vulnerabilidade social. Todavia, as iniciativas governamentais não atingem todos os locais necessários, o que contribui para que muitas crianças e adolescentes sem recursos, atraídos pela possibilidade de ascensão social, se envolvam na criminalidade.       Em vista do exposto, fica nítido que o esporte é fundamental para a inclusão dos indivíduos na sociedade. Nessa perspectiva, as prefeituras devem organizar, aos finais de semana, nas praças públicas, quadras da cidade e nas escolas, com a parceria de estagiários de Educação Física, eventos esportivos em que sejam trabalhados tanto as técnicas e regras quando a história de cada modalidade, abordando ícones que marcaram tais esportes . É fundamental, também, que as escolas organizem torneios internos e entre as demais instituições, com o intuito de estimular o convívio dos alunos com outras realidades. Assim, aqueles atletas que se destacarem em alguma modalidade, devem ser oferecidos descontos na mensalidade ou bolsas em cursos, como pré-vestibular. Por fim, o Ministério do Trabalho deve conceder o selo "Empresa Parceira da Cidadania" àquelas que firmarem parcerias com clubes e associações atléticas do município, para que os filhos dos funcionários tenham acesso a essas atividades.