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Enviada em: 24/04/2018

Na Grécia Antiga, as práticas de esporte durante as olimpíadas eram encaradas como atividades de cidadania e valorização da saúde, bem como promoviam uma harmonia entre as cidades-estados deixando de lado os conflitos. Não obstante, no Brasil, o esporte tornou-se um dos pilares para uma inclusão social e desenvolvimento do indivíduos; contudo, essas atividades são extremamente subutilizadas na sociedade, tendo em vista a falta de recursos nas escolas, bem como a falta de investimentos dessas praticas de esportes na comunidade. Assim, deve-se discutir as vertentes que englobam esse impasse na sociedade brasileira.       Em uma primeira análise, é indubitável que ações que promovam o esporte, seja ele qualquer, conduzem para um desenvolvimento social das pessoas. De acordo com o sociólogo Émile Durkeim, o indivíduo é determinado pelo meio social em que vive. Partindo desse raciocínio, o esporte, por representar um ambiente que se elucida a formação de valores como, disciplina, coletividade, ética e determinação, repercute na concretização de um ambiente social que possibilita jovens e adolescentes, principalmente de áreas mais carentes, o entendimento da sociedade em que vivem, corroborando para que tenham uma autoestima e se sintam capazes e integrados socialmente.           Em um segundo plano, vale ressaltar que embora já existem projetos que proporcionam atividade esportivas para crianças de baixa renda, a exemplo, Segundo Tempo, e a Central Única das Favelas (CUFA), tais benefícios não são observados em uma escala considerável na sociedade. Essa realidade, é verificada, por exemplo, na ineficiente infraestrutura das escolas brasileiras, uma vez que não se vislumbra espaços poliesportivos e culturais, bem como a presença de profissionais capacitados nessa área. Soma-se a isso, poucos investimentos de políticas públicas que contribuem para o entretenimentos esportivos nas comunidades, o que reflete em jovens e adolescente nas ruas, dedicados ao ócio e criminalidade.          É imperativo, portanto, a execução de mecanismos que garantem a inclusão social da população por meio do esporte .A priori, cabe as Secretárias Municipais de cada região, em paralelo com o Ministério do Esporte, proporcionar políticas sociais que incluam ginásios esportivos em regiões carentes, bem como a contratação de multiprofissionais qualificados para atender a gestão desses espaços, a fim de priorizar mudanças na socialização dos indivíduos e redução da criminalidade. Concomitantemente, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas priorizar investimentos em espaços poliesportivos e materiais para estas atividades, assim como liberar esses ambientes para que os alunos usufruam em horários extra curriculares.