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Enviada em: 17/08/2019

Na obra "O senhor dos anéis", de J. Tolkien, vemos que diferentes povos são capazes de se unir, de modo coeso, para alcançar a vitória sobre um inimigo em comum, Sauron. Na contemporaneidade, muitas nações se aglomeram em blocos econômicos, como é o caso do Mercosul, composto por um conjunto de países sul-americanos, dentre eles, o Brasil. A finalidade desses grupos é fortalecer a economia local, perante a competição internacional, embora, por outro lado, eles possam engessar a atuação e autonomia das nações que o compõe.  Oliver Stuenkel, em seu livro "O mundo pós-ocidental", ilustra muito bem as vantagens que países, como a África-do-Sul, conquistam ao integrar os "Brics", ganhando acesso a empréstimos milionários para desenvolver suas atividades comerciais e de infraestrutura, mesmo que, sob uma determinada política de juros e tendo de  adotar certa agenda e postura em comum com  os outros membros, algo que, por sua vez, pode sacrificar a autenticidade de tais nações em detrimento dos interesses e necessidades de seu povo e de seu Estado.  O comércio nacional, a título de exemplificação, encontra-se impossibilitado de fazer acordos unilaterais, devidos às cláusulas predefinidas pelo Mercosul, o que resulta na diminuição de acordos internacionais de relevância,  impactando negativamente na produção e consumo de bens e serviços, e, subsequentemente, na exportação e importação deles, sem mencionar a perda de capital estrangeiro investido em negócios de múltiplas vertentes.   Portanto, ciente de tais riscos, cabe ao Ministério das Relações Exteriores buscar a flexibilização de tais regras, renegociando contratos, de forma que, possibilitada a unilateralidade, o crescimento de uma nação impacte positivamente as demais. Esse efeito, fortaleceria as relações entre esses países, sem minar a autonomia comercial-econômica e enrijecer as múltiplas oportunidades e idiossincrasias de cada um. Desta forma, o grito de "Independência", de dom Pedro I, será de coerente e fará sentido.