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Enviada em: 25/08/2019

Durante o século XIX, a criação do Zollverein representou a congregação aduaneira e alfandegária dos Estados germânicos, encabeçados pela Prússia. O organismo possibilitou a livre circulação de mercadorias e matérias primas entre seus integrantes, criando condições econômicas para a unificação da Alemanha e sua plena industrialização. Similarmente, a conjuntura da economia mundial hodierna é marcada pelos grandes fluxos de capitais, produtos, pessoas e informações, de maneira que os blocos econômicos representam fator determinante para sua integração e evolução. No entanto, a concretização da união financeira global depende do alinhamento e interesses particulares das nações participantes, bem como o indispensável adequamento das estruturas competitivas internas.       Em sua obra A Riqueza das Nações, o filósofo e economista Adam Smith defende o liberalismo e a livre concorrência como princípios para o acúmulo de capitais e desenvolvimento econômico. Partindo deste princípio, é notável que os próprios Estados e blocos consistem em entraves para a devida conexão mercantil monetária. Tal fato comprova-se, na medida em que o arranjo representa a preponderância do comércio restrito ao regional em detrimento do mundial, que apesar de confluir no fortalecimento local, representa um isolamento que contraria a lógica da globalização. De maneira análoga, divergências diplomáticas e ideológicas aos países de diferentes disposições representam dificuldades no firmamento de acordos duráveis e vantajosos para os blocos.       Outrossim, ao longo da construção dos Impérios Coloniais na Idade Moderna, o conceito do Pacto Colonial inviabilizava o mercado interno da colônia, orientando as atividades em função de torná-la produtora e consumidora forçada dos produtos metropolitanos. Paralelamente, a realidade contemporânea apresenta a mesma problemática, na medida em que as economias do mundo globalizado manifestam vulnerabilidades internas mediante a penetração e dominância de mercadorias estrangeiras. Desta forma, a produção nacional pode ser suplantada se mostrar defasagem e sofrer com extensas tarifações, e portanto sem condições de competir internamente e externamente.        Tendo em vista os fatos supracitados, conclui-se que os blocos econômicos apesar de vantajosos, apresentam dificuldades a serem superadas em competitividade e diplomacia, logo medidas devem ser tomadas. É imperativo que a Organização Mundial do Comércio, em associação à OCDE, aprove e implante um acordo referente ao sistema multilateral de comércio que regularize medidas necessárias para relações entre blocos econômicos e de adesão aos mesmos, de forma a facilitar e simplificar os pactos, garantindo condições para competitividade através da melhoria de infraestrutura e eliminação de tarifas internas ou externas prejudiciais. Assim, o liberalismo prevalecerá sobre o protecionismo.