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Enviada em: 16/09/2019

Os Blocos Econômicos começaram a surgir antes da Segunda Guerra Mundial, mas é a partir da década de 90 que essas relações supranacionais se tornam mais pujantes. Esses fornecem aos países membros força para se proteger das intervenções estrangeiras e também proporcionam a capacidade de influenciar aqueles que estão ao seu redor. Há estágios de transformação e evolução dessas relações dos blocos, mas a conjuntura atual é marcada pelos grandes fluxos de capitais, pessoas, produtos e informações. Porém, é possível destacar que cada país possui capacidade econômica distinta e grau de desenvolvimento irregular, o que gera instabilidade na integração consolidada dos países membros.       Nesse contexto, vale ressaltar que a Zona de Livre Mercado permite a livre circulação de pessoas e produtos entre os países membros, que em tese, não impõe tarifações sobre esses itens. Um exemplo é o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), que tendo como membros o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, permite a integração entre eles sem uma fiscalização de aduana muito rigorosa. Se por um lado essa agregação é benéfica permitindo trocas culturais e no caso do Brasil traz vantagens por exportar produtos industrializados e semi-industrializados, importando produtos primários, por outro, os demais países membros por não possuírem um pátio industrial mais denso, tem suas economias abafadas pela produção brasileira.        Como consequência, essa situação faz com que crises sobrevenham e muitas vezes recorrer ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para pedir auxilio, pode ser visto como uma opção que descaracteriza o apoio em comum dos países do bloco, porem essencial. Ou seja, internamente, os membros do MERCOSUL estão em patamares de desenvolvimento divergentes, o que pode gerar maior diferença na qualidade de vida das nações e muitas vezes necessitando que medidas de austeridade sejam aplicadas. Essa situação também pode ser vista em outros blocos econômicos como na União Europeia.        Infere-se portanto, que os blocos econômicos embora vantajosos, apresentam dificuldades a serem superadas no que se refere à competitividade e atuação igualitária dos países membros. Assim, a Organização Mundial do Comércio, por meio de conferência com líderes dos blocos econômicos existentes, elaborem medidas como reestruturação das regras que regem tais blocos, para facilitar os pactos, garantindo condições iguais de concorrência, evitando o colapso da economia dos países menos favorecidos. Assim, haverá progresso mundial e consequente diminuição das desigualdades sociais em longo prazo.