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Enviada em: 08/05/2017

Em 1973, no governo do então presidente Médici, foi criada a lei de número 6001, conhecida como Estatuto do índio, com o objetivo de preservar a cultura e integrá-los a comunhão nacional, porém, com o passar do tempo se torna-se necessário repensar se o objetivo dessa lei está sendo realmente cumprido.   O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão é que ainda pensamos como os portugueses do século XVI, quando sub-julgamos a sua cultura, considerando-os selvagens e colocando em segundo plano a sua participação na sociedade. Entende-se, com isso que, acabamos nos colocando como centro, e classificando-os como Bárbaros. Prova disso é o fato de classificarmos nossa "única" língua como oficial, enquanto os seus 274 idiomas serem considerados como dialetos, sem contar que desprezamos a sua ampla diversidade étnica com cerca de 305 etnias e classificamos nossa cultura como única.   Além disso, a questão cultural não é contudo, o único problema enfrentado pela população índigena. Além de tudo, os índios têm de lutar pela terra. Isso porque, segundo pesquisas, cerca de 34% da área ocupada pela população índigena é de interesse relacionados a mineração, apesar do aproveitamento dos recursos só serem possíveis com a autorização do Estado brasileiro, essas áreas têm sido alvos da extração ilegal de recursos minerais.      Portanto, diante dos expostos, torna-se necessário medidas para garantir o espaço da população índigena na sociedade, como a demarcação de terras índigenas, como melhor solução para a preservação de sua cultura. Além disso, é necessário, que seja divulgado através da mídia e ONGs, campanhas publicitárias e cartilhas distribuídas em escolas e locais públicos, com desenhos e informações divulgando os saberes da cultura índigena, para que toda a população desde crianças até jovens e adultos possa valorizar a única cultura realmente brasileira.