Materiais:
Enviada em: 25/05/2017

Em contrapartida às teorias etnocêntricas,Jacques Rousseau,filósofo do Iluminismo,afirmou a integridade do caráter indígena,já que este,isolado do convívio social, não se corrompeu à sociedade do século XVII.Como forma de assegurar essa integridade,a Constituição de 1988 prevê a demarcação de terras com o usufruto exclusivo do índio.Entretanto,diversas pressões colocam em risco,não somente os territórios demarcados,mas também o modo de vida do indígena.    De início,é válido salientar que,a autonomia territorial indígena foi dissociada pela exploração portuguesa,posto que houve uma preterição da metrópole às comunidades nativas.Tal processo culminou o assentamento do aborígene a regiões longínquas do centro econômico do Brasil.Nesse meio,criou-se uma lógica de confinamento espacial do nativo em que várias comunidades alocaram-se,sobretudo,na região que compreende a Amazônia Legal - local no qual engloba nove estados brasileiros.     Além disso,nessa região rica em recursos naturais,a invasão e a exploração são fatores constantemente verificados.É importante ressaltar que,embora o desmatamento seja progressivo a cada ano na região,tal sucede minimamente nas terras indígenas.Isso cria uma porção de ''ilhas'' de cobertura vegetal,as quais servem como barreira contra a exploração dos recursos minerais pelo setor privado.      Ainda convém lembrar que o principal órgão que lida com a questão indígena é FUNAI – Fundação Nacional do Índio.Entretanto,tal órgão possui limitações políticas e orçamentárias que prejudicam a defesa dos territórios tradicionais dos índios.Consequentemente,irrompem conflitos por território entre povos indígenas e o poder privado.Dentre os protagonistas dessas pressões destacam-se o setor de mineração,o qual cobiça os minerais da região; e o agronegócio,que pressiona os espaços indígenas,criando extensas faixas de plantio.Essa realidade,além de desrespeitar o espaço de direto aborígene,propicia cenas de violência responsáveis,muitas da vezes,por mortes da população nativa.      Dessarte,para que o índio possua o território como garantia de sua autonomia,é necessário que a FUNAI junto às Forças Armadas,reforcem a fiscalização nas áreas de demarcação indígena,combatendo a invasão de terras,extração ilegal de minérios e o contínuo desmatamento na Amazônia Legal.À medida que,a fim de amainar as ameaças desses territórios,o Congresso Nacional deve votar uma medida punitiva que multe as grandes empresas monopolistas do setor de mineração e de energia,bem como os latifundiários.Nesse sentido,a quantia recebida pelo Estado tem de ser destinada à melhorias na qualidade de vida dos índios,viabilizando educação e saúde de qualidade a todas as aldeias.Ainda,a sociedade deve se mobilizar à causa indígena,a partir de denúncias pelo COIT - Coordenação de Informação Territorial - sobre os ilícitos ocorridos nas demarcações indígenas.