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Enviada em: 20/05/2017

Povo                 “O melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente”. O trecho da carta de Pero Vaz de Caminha fala da necessidade da coroa portuguesa em impor a salvação pela fé aos nativos. No entanto, hoje o termo salvar sai do âmbito religioso e admite outros significados, como no caso dos conflitos que envolvem brasileiros índios e não indígenas. Diante disso, O Estado busca soluções a desavenças, enquanto a sociedade não demonstra apoio aos primeiros habitantes do Brasil.              Em primeiro lugar, as terras aborígenes sofrem com o desrespeito a todo o momento. As querelas entre madeireiros, mineradores e posseiros assaltam o patrimônio dos gentis e acabam nas manchetes dos jornais. Como no caso recente no interior do Maranhão onde os índios Gamelas reivindicam a posse da terra e acabaram em desavenças com fazendeiros. Resultado: feridos dos dois lados e até então, nenhuma conclusão a vista do imbróglio.                   Outrossim, é a incapacidade do Estado na resolução dos conflitos entre os autóctones contra os demais. Isso está evidenciado nos processos judiciais que costumam levar anos até uma solução. Assim como ocorreu na serra Raposa do Sol, no qual se levaram décadas para que os nativos tivessem garantido o direito do território contra os agricultores. Mesmo assim, os atritos ocorrem até hoje. Além do mais, a sociedade só se recorda dos primeiros nativos no dia 19 de abril e logo depois os esquecem.                  Desse modo, o índio brasileiro precisa estar em foco na atualidade pela sua cultura e não por suas contendas. Por isso, as mídias televisivas podem, com o suporte do erário, por meio de séries e telenovelas, resgatar a importância indígena na construção do Brasil, desde suas ações de guias, bem como de povo guerreiro. Ademais, o Governo Federal deve melhorar o aparato da FUNAI para que esta possa efetivamente defender os direitos dos índios brasileiros. Somado a isso, o Poder Público necessita, com celeridade, penalizar com rigor a quem ofende o patrimônio aborígene com prisões e multas. Além disso, os estamentos sociais precisam aprender sobre o conhecimento indígena, para isso é fundamental a intervenção Estatal por meio de matérias no ensino básico voltadas para a história dos nativos brasileiros. Por fim, a riqueza brasileira não está em ouro ou prata, mas sim em seu povo.