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Enviada em: 09/05/2017

Resistência pela dignidade Terra. Branco. Vermelho. Direito. No Brasil do século 21 o índio deixa de ser o herói e passa a ser vítima da força capitalista e do jogo de interesses políticos. A briga por solo agricultável apaga a história de uma geração que sempre estiveram presente neste ambiente e sem dó e piedade sofrem agressões físicas, psicológicas e memoriais. Frente a isso, o redimensionamento do significado dos aborígenes precisa ser remodelado para a posteridade.       A transformação do povo  nativo é congruente ao pensamento filosófico da mente ser como uma folha em branco. Os portugueses quando encontraram os moradores tupiniquins identificaram um arquétipo distinto ao europeu, e atribuíram esse ser como raso e sem qualquer marca ou impressão inicial, como afirmaria Locke. Sendo assim, o ato de impor roupas, costumes e catequese jesuíta modificou a essência do indígena de 1500 e de todos os tempos.       Além disso, a ganância humana por dinheiro agravou os impactos iniciais da colonização causando derrame de sangue, forte resistência e perda de moradias. A luta por manter o ambiente conquistado sempre esteve presente, porém o desenvolvimento da agroindústria potencializa esse cenário persistente de sobrevivência, cultura e direito adquirido. A ambição por gerar mais capital associado com a corrupção, contribuem para que o homem branco seja detentor do terreno que abrigou por séculos os habitantes da verdadeira essência Pau-Brasil.       Contudo, a Funai foi criada para identificar, demarcar e proteger as populações indígenas, apesar de conduzir suas decisões com ambiguidade. Recentemente a Funai permitiu a construção da hidrelétrica de Belo Monte, comprometendo a vida das tribos. Enquanto há imparcialidade dos direitos desse povo por inconsistências do governo, as universidades buscam conceder dignidade de luta ofertando cotas para essa classe minorizada. Apesar do esforço no âmbito intelectual, os museus que garantem e legitimam os índios estão abandonados, como por exemplo a Aldeia Maracanã no Rio de Janeiro.       Nesse sentido, cabe ao Ministério da Justiça em parceria com a agroindústria, firmarem um acordo aprovado pelos debutados e senadores no qual estabeleça que 10% do lucro mensal obtido por terras tomadas dos nativos sejam aplicados para demarcações, estudos e museus dessa nação com o intuito de minimizar os impactos já causados. Atrelado a isso, os movimentos sociais devem convocar a sociedade por meio da internet para organizar passeatas solicitando que a Funai realmente defenda os direitos dos índios para que sejam respeitados e relembrados na história brasileira. Com isso, é possível começar  a reconstruir a valorização da gênese nacional.