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Enviada em: 10/05/2017

O marco inicial pela luta indígena por isonomia ocorreu a partir da homologação constitucioal, de 1988, cujos direitos à propriedade e aos recursos naturais foram assegurados pelo Estado. Entretanto, os interesses individuais governamentais aliados à grupos capitalistas, muitas vezes, se sobrepõem à preservação histórica-cultural desses povos. Assim, nota-se não só a demora na demarcação de terras, como também o etnocídio sofrido pelos nativos na atualidade.          Quando John Locke afirmou como inalienável a defesa do homem à propriedade privada e ao direito à rebelião contra um governo omisso, ratificou a necessidade da minoria também ser reconhecida pelas autoridades como cidadãos pertencentes à República. Nesse sentido, constata-se que o longo período em demarcar as terras indígenas, pela FUNAI, tem permitido divergências quanto a real propriedade de grupos madereiros e ruralistas sob esse território. Desse modo, o avanço da fronteira agrícola consoante a exploração ilegal de recursos naturais ameaçam a desintegração de tribos as quais podem compor a marginalidade urbana.            Além disso, a figura do índio como um símbolo representativo da cultura brasileira, evidenciada durante a primeira geração romântica, está se fragmentando. Isso ocorre, sobretudo, em relação à defasagem de ensino educacional, referente à cultura nativa, ser centrada no estudo de fatos históricos, de maneira a se sobrepor, muitas vezes, no entendimento dos hábitos e costumes de tribos jenuinamente brasileiras. Assim, a falta de compreensão da pluralidade étnica como constituinte da formação de um povo continua a ocasionar crescimento de 130% no número de assassinatos, segundo o relatório de Violência contra Povos Indígenas.        As sequelas do descaso referentes à garantia dos direitos indígenas, podem culminar no desaparecimento de tribos devido à extrema violência aliada ao desrespeito territorial. Portanto, cabe à FUNAI, junto da iniciativa privada, realizar um planejamento de metas para o cumprimento rápido da identificação e demarcação física da unidade. Isso pode ser feito por meio da utilização de drones nos limites territoriais indígenas mais isolados na mata, além da premiação por produtividade de funcinários com maior empenho no projeto. Outrossim, é papel da Escola realizar o estudo cultural sobre a importância dos costumes indígenas, desde os mais jovens para que se evitem ações preconceituosas, através de palestras literárias, como o estudo aprofundado de obras como Iracema e Macunaíma e visitas  aos nativos, para a maior familiariação com os costumes locais.