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Enviada em: 14/05/2017

Índio e os números  No século XIX o índio era visto, pela ótica literária, como puro e inocente. Usava - se o mito do bom selvagem como uma tentativa de aproximá - lo do cavaleiro medieval. Atualmente essa aproximação ocorre no âmbito social e cultural, com a tentativa de levar o índio a abandonar seus ideais e crenças para se encaixarem na sociedade brasileira vigente.  Com a priorização da economia sobre o meio ambiente, é notório que o aborígine é o mais prejudicado. Embora a terra seja um direito garantido por lei, não são raros os casos de desrespeito aos territórios indígenas, principalmente por adeptos ao agronegócio e dos mineradores. Esses conflitos por terra tem resultado num expressivo aumento no número de morte dos nativos.   A adoção do português como dialeto oficial foi um dos muitos processos históricos dos quais não ocorreu a incorporação do índio. O IBGE, em seu último senso, mostrou que cerca de 20% dos indígenas não falam português, ainda que vivam em terras brasileiras. A não existência de uma jargão comum entre os aborígines e os demais habitantes do Brasil dificulta e muito a luta deles por seus direitos, e sua inclusão nos demais setores da sociedade, como saúde, educação e afins.   Para que os conflitos de terra sejam solucionados é necessário que o Ministério da Justiça, visando o julgamento e a punição dos infratores das fronteiras indígenas, crie um órgão especializado nessas divergências. É necessário que o Senado aprove o Estatuto dos Povos Indígenas, para que junto de ONGs e do MEC eles possam desenvolver um sistema de ensinar o português aos indígenas mais afastados, paralelo ao dialeto e cultura específica de cada tribo.