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Enviada em: 14/05/2017

A criação da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em 1967, que tem como finalidade a criação de políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas, representa um largo passo da história brasileira em reconhecimento aos direitos e interesses dos índios. Mas 50 anos depois, ainda enfrenta momentos de grande dificuldade e instabilidade no reconhecimento de terras indígenas.   Primeiramente, uma diminuição considerada das populações indígenas se nota a partir da chegada dos colonizadores portugueses no Brasil, onde além de explorar e povoar o país, trouxeram doenças que até então eram desconhecidas, causando epidemias avassaladoras nas populações indígenas, deixando grande quantidade de mortos.   As áreas de preservação e os territórios indígenas são cada vez mais alvos de exploração e extração ilegal de recursos, devido ao avanço do agronegócio, ocupações rurais e urbanas e ao aproveitamento dos recursos hídricos e das riquezas minerais. Logo tais fatores acabam por gerar conflitos expostos e violentos em fronteiras de commodities, entre  os índios que enfrentam grandes problemas para sobreviver e terem suas terras preservadas, contra a mira de grandes interesses econômicos, seja mineração, agronegócio, madeira e/ou diversas formas de indústria extrativista e saqueadoras.   Os índios brasileiros, que eram 7 milhões na época do descobrimento, hoje são aproximadamente 300.000, o que equivale à 0,45% da população total brasileira, divididas entre 305 etnias e 274 idiomas diferentes, somando 505 terras nativas que equivalem à 12,5% do território brasileiro. Cerca de 60% dos índios habitam uma região designada como Amazônia Legal, onde os índices de desmatamento são menores.    É indispensável, portanto, que a FUNAI e a SPI juntamente com o Governo Federal, melhorem a qualidade de vida das populações indígenas e promovam a conservação dos recursos naturais através da garantia da demarcação de terras. A mídia por meio da televisão, rádio e redes sociais deve tratar o índio com base no conhecimento de seu diferencial cultural, e não pela premissa de inferioridade. Nos currículos que integram os ensinos fundamental e médio,a questão de índio deve ser vista como parte integrante da vida nacional, com visitas aos museus, filmes, palestras que incentivem a preservação dos índios como parte da formação do país.