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Enviada em: 14/05/2017

O processo de colonização do Brasil, século XVI, proporcionou a aculturação dos indígenas. Atualmente, intensifica-se a marginalização, incremento de novos costumes e perda da natureza tal como o nativo conhecia. Diante disso, é necessário a valorização da identidade cultural atrelado a ocupação territorial de direito de cada tribo.    Primeiramente, não difundir a identidade cultural indígena é uma forma de desvalorização dos mesmos. A educação escolar ainda é limitada , visto que o conteúdo da cultura indígena no currículo escolar, como foi feito com a africana, ainda não foi incluído de maneira esclarecedora de fato, já que muitos esteriótipos ainda são criados; como também, a pouca importância à língua materna de uma comunidade, que por ser um dos componentes mais importantes de uma cultura ao ponto de ser um patrimônio histórico não material, deveria ser mais propagado, o que não acontece, visto que poucas línguas se tem conhecimento; interligado a isso há a alteração da integridade das tribos, como o ensino da literatura romântica sem conectar à esse assunto uma instrução do aspecto genuíno do índio, no qual acaba por revelar apenas o aspecto europeizado, perdendo sua originalidade. Comprovando que o desrespeito, desde o período colonial, ainda persiste, descaracterizando sua cultura.     Além disso, há a depreciação do espaço indígena. O crescimento do agronegócio intensifica a disputa por território, incentivando até a prática da grilagem (falsificação de documentos da posse de terras), já que a distribuição não é igualitária, a maioria fica com os grandes empresários. Somado a isso, há as grandes obras hidrelétricas, como a construção da usina de Belo Monte, no Pará, que está desalojando diversas comunidades que viviam em volta do rio e serão obrigadas a viver no meio urbano. Comprovando mais ainda a não autonomia por aqueles que desde o princípio já habitavam o meio, é a constituição, tardia, de 1988 que reconhece: "...os direitos originários da terra que tradicionalmente ocupam.", porém até hoje ainda não é de fato vivenciado na prática.      Para que se reverta esse cenário problemático, é necessário, portanto, a parceria do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) com a educação escolar para uma reformulação, incluindo um ensino que transmita o valor da língua e da caracterização original indígena, retirando esteriótipos, por meio do investimento em profissionais específicos que até incentivem os alunos a pesquisarem e se informarem muito mais sobre os nativos. Além disso, é necessário a criação de ONG's atrelado ao poder judiciário, para que haja uma fiscalização da atuação das leis, direitos defendidos pela constituição de 1988, e a punição adequada quando necessário, resguardando a preservação do território indígena.