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Enviada em: 13/05/2017
Quando os primeiros colonizadores chegaram ao Brasil, a fim de ocupar e instalar sua cultura, havia uma estimativa de dez milhões de índios já habitando e desfrutando do local. Desde meados do século XVI até a contemporaneidade, a situação é basicamente a mesma: povos indígenas são explorados e ignorados tanto no âmbito político-social quanto no grande legado cultural construído por eles. A perpetuação da visão estereotipada sobre o índio com a falsa premissa da sua inferioridade, imposta pelo olhar estrangeiro, acarreta até os dias atuais em uma constante luta pelo seu próprio direito. A falta de atendimento à comunidade espalhada em todo o território nacional tem privado tal população a ter acesso à saúde, educação, sendo que muitos não sabem a língua portuguesa, impedindo-os de fazer parte da sociedade brasileira como um todo. Além disso, a omissão do poder governamental e público com as leis destinadas a esses povos tem motivado ataques e invasões às terras indígenas por parte da bancada ruralista em prol da expansão do agronegócio e também da mineração, fazendo com que haja perca do território pertencente ao nativo e da oportunidade de tirar o próprio sustento e usufruí-lo, sendo amplamente reprimido com extrema violência. Portanto, a afirmação do direito à diversidade cultural requer a reivindicação pelas populações indígenas de um espaço político próprio no seio do Estado e da nacionalidade. A autossustentação e o desenvolvimento dessas comunidades devem ser asseguradas por institutos sócio-ambientais como a FUNAI (Fundação Nacional do Índio); medidas de interdição da exploração e a remoção de invasores territoriais através de leis que assegurem a demarcação da área, promovendo ações punitivas por parte do Poder Executivo. O acesso à educação e ao próprio conhecimento da língua portuguesa é também de fundamental importância, para que ofereça oportunidades aos que querem se inserir em faculdades e até mesmo no mercado de trabalho, afinal o Brasil é o museu do índio.