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Enviada em: 14/05/2017

A chegada dos portugueses ao Brasil representou um grande fator de mudança da história dos índios que aqui viviam. A visão preconceituosa, intolerante e de inferioridade conferida a população indígena se reproduz até hoje, resultando num processo de marginalização e anulação de direitos a essas pessoas. A partir do século XVI, os nativos aqui presentes enfrentaram uma série de processos disruptivos em sua cultura, culminando num etnocídio que trouxe como consequência um conhecimento muito restrito dos reais costumes desses povos, limitando a uma reprodução estereotipada que se perpetua até hoje.  Vítimas de um grande genocídio ao longo da história, os índios travam uma luta árdua pelos seus direitos. A demarcação das terras indígenas dentro do território brasileiro é uma das ações importantes a serem concretizadas. Por falta dessa delimitação, populações inteiras estão sendo subjugadas, violentadas e até mesmo mortas em conflitos contra fazendeiros e representantes do agronegócio local.  Segundo relatório da ONG "Global Witness", o Brasil é líder de mortes em conflitos de terra no mundo de 2011 a 2016. Tal fato, reitera a necessidade de uma nova política, com caráter imediato, que respeite e preserve a população indígena garantindo uma vida digna pra essas pessoas. O direito dos povos nativos as terras de ocupação tradicional configura-se como um direito originário, portanto, a terra indígena não é criada por ato constitutivo e sim reconhecida a partir de requisitos técnicos e legais, nos termos da constituição federal de 1988. A fim de minimizar esse quadro caótico, cabe a FUNAI (Fundação Nacional dos Índios) estabelecer articulação interinstitucional voltada a garantia do acesso diferenciado aos direitos sociais e cidadania indígena, por meio do monitoramento das políticas voltadas a seguridade social bem como a educação escolar, bem como promover o fomento e apoio aos processos  educativos comunitários tradicionais, de participação e controle social.