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Enviada em: 21/05/2017

"Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do que se preocupariam em mostrar o rosto." Esse é um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha onde mostra que o repúdio aos costumes dos indígenas, teve início no Brasil colonial. Atualmente, ainda se percebe essa ideia, pois esses povos não possuem voz e precisam lutar para garantir o direito à suas terras.     Nos romances indianistas, como O Guarani, o nativo era apresentado de forma idealizada, como um herói nacional, sempre baseado na visão dos europeus. Já no Modernismo, passou-se a valorizar o olhar deles próprios, buscando uma verdadeira identidade nacional, como no livro Macunaíma. Na contemporaneidade, somente no dia do índio, 19 de abril, eles e seus costumes são lembrados, mas ainda sim com o ponto de vista antigo.     Além disso, a bancada ruralista vem querendo tomar posse das terras indígenas para implantar suas atividades comerciais, sobretudo na região Norte. É comum, então, ocorrerem ataques às tribos, como por exemplo, o dia 30 de abril de 2017, no Maranhão. A Constituição assegura que a posse dos índios sobre as propriedades é de caráter originário, mas isso não é efetivado, e a demarcação se faz necessária.      Portanto, para que se suavize esse problema seria pertinente a ajuda do Ministério Público, na questão que envolve a posse de terras através de denúncias contra as invasões. Assim como os ensinos fundamental e médio, devem valorizar mais a figura do índio ao longo de todo o ano, por meio de palestras e aulas dentro de sala. Paralelamente, o Ministério da Justiça pode aperfeiçoar a FUNAI com medidas que visem o fortalecimento desse órgão, garantindo o direito dos indígenas.