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Enviada em: 15/05/2017

Não diferentemente dos anos de colonização brasileira e massiva exploração indígena, na época atual muitos são os obstáculos enfrentados por esse povo no que diz respeito ao direito à cidadania. Dessa forma, o genocídio do nativo agrava-se, sendo que sua população no ano de 2015 era 26% da estimada que houvesse em 1500.   É essencial, em um primeiro momento, evidenciar a questão da luta por terras. Atualmente, o governo brasileiro mudou as regras de demarcação dessas, limitando o poder da Funai, organização não governamental que luta pela preservação dos direitos do indígena. Essa medida, unida a interesses do agronegócio e da mineração, contribuem para a marginalização desses aborígenes, que são violentados, ameaçados e expulsos de uma terra que também pertence a eles.    Além do aspecto geográfico do problema, outro ponto é o cultural, que exclui essas comunidades, privando-as de direitos básicos de cidadania. Ainda hoje, permanece a imagem etnocêntrica do indígena que Pero Vaz de Caminha descreveu em sua famosa carta à Portugal, sendo esse povo de cultura inferior, selvagem. Fato observado ainda no ano de 1973, com o Estatuto do  Índio, que classificava-o como uma categoria social transitória. A imposição cultural, além de uma violência psicológica, configura uma falta de inserção social do povo oprimido, privando-os de inclusão, igualdade e dignidade.   Nesse contexto, portanto, é importante que medidas sejam tomadas para amenizar o problema, sendo elas: o aperfeiçoamento de dispositivos legais que garantam os direitos dos índios, como a FUNAI e a remoção efetiva dos invasores de terras demarcadas, pela polícia. Além disso, um maior apoio do Ministério Público à denuncias contra fazendeiros e mineradores que desrespeitem os direitos dos indígenas e a promoção de meios que proporcionem a autossuficiência dessas comunidades, como a inclusão em escolas, o suporte sanitário e de saúde, pelas 3 esferas de poder.