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Enviada em: 15/05/2017

No histórico processo de exploração da terra, o avanço e a modificação rápida dos modos de produção, trouxeram consigo uma violência exagerada aos solos e aos recursos naturais. No Brasil, a chegada dos europeus representou também uma progressividade na ação lucrativa desse exercício, algo que se perpetua até então, servindo como atos políticos e econômicos de afronta aos indígenas e aos seus descendentes.       Analisando antropologicamente o processo de exploração, observa-se um desrespeito intrínseco da cultura europeia e, principalmente dos modos de produção mercantilista e capitalista, com as terras colonizadas fora do continente. No entanto, a exploração fundiária e de recursos minerais que visavam a acumulação de riqueza, ainda prevalecem.       Nesse contexto, os povos indígenas na contemporaneidade ainda sofrem com a falta do direito à terra devido o avanço das lavouras e da anulação da interpretação histórica desses direitos.  Com isso, as demarcações legitimadas em processos e conflitos antigos, apresentam ainda um abuso por parte da concentração e do avanço da monocultura. Portanto, esses processos permanecem afetando comunidades inteiras, explicitando o ataque às raízes étnico culturais do país.       Sintetiza-se, portanto, que uma ação soberana deve ser debatida nos meios legislativos visando o fortalecimento de direitos já conquistados. Contudo, a questão econômica cria uma outra problemática que precisa de atenção. Destarte, o que deve ser aplicado, visando a questão da proteção ambiental e das terras indígenas, pode vir por meio de uma nova matriz energética ou do aproveitamento de outras técnicas de produção, algo que deve ser assegurado através de uma despesa fixa com os fomentos dessas atividades, incluindo também os gastos com análises efetivas e fiscalização severa, impedindo o abuso de poder e a mudança de mãos dessas terras e desses meios. Sendo assim, a segurança financeira e uma regulação política dos nativos e das autoridades nacionais, podem significar um debate coerente e consciente, junto da transparência em lei.