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Enviada em: 15/05/2017

Na histografia observa-se que portugueses tiveram a proeza de gerar um dos maiores extermínios. Os índios que em 1.500 eram, aproximadamente, 8 milhões, hoje são pouco mais de 800 mil; dentre todas as prática nocivas contra eles, convém salientar o desejo dos europeus pelas terras nativas. Contudo, o Brasil evidenciou grandes avanços no que tange o reconhecimento dos povos pré-cabralinos, afinal partindo do período colonial para 1.822 têm-se a escola literária Romantismo, a qual a primeira geração caracterizou-se pela exaltação do índio e o nacionalismo, entretanto, lamentavelmente é inescusável que esses ideais ficaram para trás, prova disso é a persistência da coerção contra os autóctones.  Segundo a fundação Getúlio Vargas, os índios do Brasil pós-moderno ocupam parcelas insignificantes do território o qual antes dos portugueses pertencia-os completamente. Desse modo, convém salientar as raízes históricas dessa problemática social, a qual inicia-se no período da colonização visto que os nativos que em primeira instância sofreram por servirem como mão-de-obra, posteriormente, foram removidos -seja pelas epidemias, seja pela repressão- de seu habitat com o propósito instalar engenhos europeus. Conquanto, mesmo diante de tamanha invasão cultural, atualmente ainda não são reconhecidos e, infelizmente, vêem novamente suas terras serem tomadas pelo agronegócio.  Em detrimento dessas questões, é elementar abordar as múltiplas causas acerca da exclusão dos nativos. Evidencia-se, pois, que isso decorre não só pela da visão de superioridade cultural dos brasileiros tendo como indício o fato de classificarmos, popularmente, nossa língua como oficial, enquanto as deles são dialetos; como também pela a negligência por parte do governo e escola, ao passo em que essa contribui, na maioria das vezes, com a formação de opiniões preconceituosas em relação aos índios e aquele segrega-os devido ao não reconhecimento dos direitos que os regem. Posto isso, é vedado que os impactos causados pela inobservância são incalculáveis e irreversíveis.   Destarte, cabe ao Estado preservar a cultura dos nativos. Sendo assim, o judiciário deve multar os agropecuaristas que apoderarem-se das terras reconhecidas pela FUNAI, além de fiscalizar as leis da CF/88, no intuito de cumpri-las. Outrossim, as escolas devem implementar matrizes sobre a importância do respeito ao índio, bem como demonstrar sob o olhar indianista costumes e tradições com o objetivo de reverter, paulatinamente, o quadro de discriminação. Ademais, é preciso a cooperação entre núcleos midiáticos e ONG's na perspectiva de conscientizar a população, por meio de debates em esferas públicas e promoção de eventos enaltecedores da cultura dos povos pré-cabralinos, afim de que reconheçam-os como cultura brasileira. Realizando tais ações, resgataremos os ideais esquecidos do Romantismo e quem sabe, assim, o fim da violência contra esses deixe de ser uma utopia para o Brasil.