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Enviada em: 25/05/2017

No limiar do Brasil colonial até os dias atuais é possível verificar que a mentalidade preconceituosa em relação aos indígenas quase nada mudou.Partindo do darwinismo social, pensamento que tentava comprovar a superioridade de algumas etnias sobre outras, observa-se que não se restringiu ao período imperialista.Diante disso, a discriminação desse grupo étnico é evidenciada frequentemente no cenário brasileiro por meio do desrespeito à sua cultura, às suas terras e aos direitos humanos.   É primordial ressaltar que durante o Romantismo o índio foi apresentado como herói nacional por meio de obras literárias,como O Guarani de José de Alencar, a fim de criar uma identidade nacional. Entretanto não foi o suficiente para estimular a população brasileira a respeitar e preservar a cultura indígena, assim como os próprios.Fato que fica evidente com os altos índices de assassinatos de indígenas por conta de disputas de terras entre os mesmo, grandes latifundiários e mineradores, com o agravamento da morosidade do governo e da FUNAI no processo de demarcação de terras.    Paralelo a isso a cultura aborígine ainda é vista como inferior pela sociedade brasileira, que assimilou a cultura europeia e enraizou costumes e até mesmo a língua dos colonos, predominando assim a ideia de que o índio deve ser "civilizado".Concomitante a isso a situação de precariedade de saneamento e saúde que muitos índios vivem é alarmante, produto da falta de assistência efetiva governamental, assim infringindo os direitos fundamentais.     Torna-se evidente, portanto, que o cenário que o aborígine brasileiro se encontra não é positivo para sua existência.Dessa forma faz-se necessário o poder judiciário agilizar mais a demarcação de terras junto a FUNAI e promoverem mais canais de denúncia.Cabe a mídia em parceria com ONG's mencionar, conservar e difundir a cultura indígena, de modo que, as mesmas sejam respeitadas. É função do Estado assistir essas tribos aumentando o acesso a educação, saúde e lazer.