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Enviada em: 01/06/2017

Considerado como símbolo cultural e nacionalista, o índio enfrenta, na contemporaneidade consequências provindas da subordinação, sendo assim, despido de voz e terra, como: a questão agrária juntamente com os estereótipos criados acerca da figura indígena.      Primeiramente, a falta de políticas públicas eficientes entorno da expansão agrícola em conjunto com o poder influenciador da bancada ruralista que visam somente o lucro e a posse de enormes porções de terras em detrimento da situação degradante em que o índio se encontra. Por consequência, a expulsão e  instalação indevida de comunidades ameríndias em beiras de estradas espalhadas por todo o Brasil, além do mais, o confronto acirrado entre grupos indígenas e fazendeiros é cada vez mais recorrente, por exemplo, ocorrido com a tribo Gamela no estado do Maranhão. Esses cenários, logo contribuem para persistência de situações desiguais dessa população no que se refere a posses de terras e a necessidade de mudanças.      Além disso, construções de conceitos preconceituosos a respeito da história e tradições indígenas são, por conseguinte, lacunas existentes em diversos âmbitos, isto é, na escola não há ensinamentos sobre a cultura e o modo do ameríndio, ou seja, predomínio apenas da visão eurocêntrica. Dessa maneira, há criação de estereótipos  conservadores, que dizer, o índio não pode desfrutar dos recursos tecnológicos e quando o utilizam deixam de ser índio, vivem somente isolados e até mesmo passam por processo de extinção. Mesmo que haja mais de 800 mil nativos no território brasileiro, segundo pesquisa. Portanto, comprova-se que o meio social corrobora para permanência de uma concepção colonial, como  a descrita na carta de Pero Vaz de Caminha.       Em síntese, é inquestionável a persistência de preconceitos étnicos acerca do índio, tal como detalhado no livro Macunaíma de Mario de Andrade, retratando o herói sem nenhum caráter. Logo, se faz necessário com o auxílio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e ONGs, a promoção do reconhecimento e valorização referente a demarcação de terras indígenas, através, de acordos e leis que beneficiam ambas as partes, mas com enfoque na proteção da comunidade ameríndia, além disso, a constituição de um policiamento mais ativo que reforce a segurança nas aldeias. E por fim o Ministério da Educação e Cultura coloquem na grade curricular educacional a matéria que relate a  história e os costumes do povos indígenas, ademais, a elaboração de palestras sobre o assunto para promover a capacitação  de profissionais da educação, para resultar na quebra de paradigmas. Só assim, terá igualdade entre todos da nação.