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Enviada em: 22/05/2017

A luta por uma cidadania       Em pleno século XXI ainda perpetua-se uma considerável parcela da população que ignora a existência de grupos indígenas no Brasil. No período de chegada dos estrangeiros ao país, havia cerca de três milhões de índios e, atualmente, com a ocorrência de um massacre expressivo, foi registrado pelo IBGE aproximadamente uma redução para oitocentos mil desse povo. Fatores históricos e culturais ilustram esse cenário caótico, que exclui a oportunidade desse grupo social exercer seu papel de cidadão integrado na sociedade.             Desde o século XVI, o indígena, após o contato com o europeu, passou a ser taxado pela maioria dos brasileiros, a partir de uma visão estereotipada e até mesmo etnocêntrica perante à eles. Essa forma de violência culmina na retirada do direito de cidadania destes que continuamente são caracterizados pela forma e não por sua essência. Por serem um grupo minoritário, não tem o poder da preservação de sua liberdade diante da classe opressora que propaga a imagem de um ser selvagem e caricato.        Ademais, a criação de Iracema, um dos principais romances literários de José de Alencar, mostra como o índio era uma figura preservada, que iria ser exemplo de uma exaltação e orgulho em detrimento ao colonizador que estava presente no Brasil e que tentava persistentemente dominar esse grupo através de diversos conflitos. Esse cunho simbólico, que apesar do contato com o estrangeiro, passa a retratar o nativo brasileiro como um herói romântico passível a exaltação da beleza deste. Essa narrativa retrata como o povo indígena era, diferentemente dos dias de hoje, culturalmente valorizado de acordo com sua real importância.        Para que se atenue esse contexto problemático, portanto, é necessário uma concreta análise do passado vivido por esses povos por órgãos de proteção ao indígena como a FUNAI para que essa, em consonância com a polícia possa retirar os invasores das comunidades que esse grupos habitam; uma maior fiscalização da Câmara Federal acerca do Estatuto do Índio, lei definida pela Constituição de 1988 que assegura o direito desse povo e além disso, um incentivo escolar para reforçar a ideia do índio como componente cultural desde o Ensino Fundamental.