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Enviada em: 07/06/2017

A relação entre o homem civilizado e os indígenas, no Brasil, recebeu influência de interesses, não raro contraditórios. Logo, as imagens dos nativos apresentam especialmente um retrato depreciativo. A dificuldade na garantia dos autóctones, ao acesso à terra por exemplo, resulta do preconceito somado à omissão do Estado e a cobiça pelos recursos disponíveis nas reservas.      Segundo Martin Luther King, ativista político estadunidense, a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar. As terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas foram reconhecidas pela Constituição Federal de 1988 como sendo de posse permanente desses povos, com direito ao usufruto exclusivo dos riquezas naturais.      A visão etnocêntrica e capitalista sobre esses indivíduos implica em destrato quanto suas necessidades. Existe não só a exploração ilegal de recursos minerais, bem como o agronegócio e obras hidrelétricas, que ocupam indevidamente sua propriedade, acarretando problemas ambientais, aculturação e violência. Tem-se também um quadro de retrocesso dos direitos indígenas e da autoridade na FUNAI, Fundação Nacional do Índio, diante da estratégia governamental para não-demarcação de terras, previstas na PEC 215, em tramitação.       Destarte, o desafio em assegurar as propriedades dos povos nativos é de grande relevância considerando o caráter moral, jurídico e social da causa. Para tanto, faz-se imprescindível a ação governamental a fim de impedir o avanço do agronegócio e a extração ilegal nessas terras, para que o povo tenha efetivo sustento, e por conseguinte, seja capaz de conservar sua cultura com o auxílio de ONGs brasileiras.