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Enviada em: 31/05/2017

A questão da valorização das culturas nordestina, africana e indígena ainda faz parte de debates, porém não de ações. De acordo com Martin Luther King: "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar". Nesse sentido, se faz necessário refletir sobre dois aspectos relacionados aos indígenas brasileiros: os conflitos violentos que sofrem e a falta de direito à terra.   Sob um panorama histórico, no Brasil Colonial, a escravidão pelos bandeirantes, o extermínio por conflitos armados ou por doenças trazidas pelos Europeus, foram suficientes para acabar com as tribos indígenas. Assim como, hoje em dia, sucessivos atos contra os índios e a aculturação que eles vem sofrendo pelos "comitês de evangelização", são considerados como formas de extermínio pelos nativos.    Percebe-se que ao longo da construção da nação brasileira, a população indígena foi rejeitada. Um exemplo disso foi a Construção da Transamazônica em 1970, uma obra que levou a dizimação de grande parte da população indígena da região. Como também a construção da Usina de Belo Monte no Rio Xingu, que causou prejuízos para muitos índios afetando sua cultura e modo de vida.    De acordo com o IBGE, menos de 1% da população brasileira é indígena e essa minoria possui somente 505 terras, o que representa pouco mais que 10% do território nacional. Porém, o debate atual é sobre a PEC 215, um projeto que paralisa quase 280 demarcações de terras indígenas em andamento, além de prejudicar terras já demarcadas.     Portanto, para que indígenas de todo o território brasileiro não tenham seus direitos violados, é necessário que o Governo Federal em conjunto com a FUNAI estabeleça leis que proíbam invasões às terras indígenas. Como também, comunidades indígenas em conjunto com ONG's devem fazer uma mobilização social , por meio de protestos pacíficos, para que cada indivíduo da sociedade aprenda a conviver com as diferenças. Pois, só assim, os índios terão sua cultura e liberdade de volta.