Enviada em: 30/09/2017

O processo de colonização das terras brasileiras foi marcado pelo choque de culturas entre índios e portugueses. Estes, durante séculos, dominaram os povos indígenas e havia a tentativa de romper com os seus costumes e tradições. No Brasil contemporâneo, embora existam leis que asseguram proteção às comunidades indígenas, como o Estatuto do índio, a intolerância e o desrespeito aos índios ainda estão presentes seja pela persistência do preconceito, seja por interesses políticos e econômicos.  Segundo o escritor Gothe, nada é mais assustador do que a ignorância em ação. As práticas preconceituosas contra os índios são frutos da falta do empoderamento do saber. Prova disso é o não reconhecimento, por alguns indivíduos, dos indígenas como cidadãos, sendo que estes podem exercer direitos civis e políticos no país, evidenciando que a cultura está acima das diferenças sociais. Além disso, os costumes, as línguas  e as tradições dos índios ainda são desmerecidas pela falta de conhecimento sobre elas. Assim, a luta pela identidade indígena torna-se um grande desafio da atualidade.  É válido destacar que, a busca pelo avanço econômico interfere de forma direta no modo de vida do índio. Um exemplo disso está nas construções de usinas hidrelétricas, que abrangem um grande espaço de terra e acarretam em vários impactos ambientais, como as inundações. Com isso, muitas comunidades indígenas são obrigadas a deixar seus territórios, o que fere a dignidade humana. Dessa forma, é possível perceber que a condição do índio contemporâneo pouco se diferencia daquela vivenciada nos períodos da colonização.  Portanto, é indubitável a necessidade do reconhecimento e do respeito aos povos indígenas do Brasil. O Governo deve fazer valer as leis que conferem proteção aos índios, proibindo e punindo qualquer empreendimento que comprometa o habitat indígena. Aliado a isso, a inclusão da história indígena aos livros didáticos auxiliam na valorização desses povos, o que resulta na riqueza cultural e social do país