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Enviada em: 07/06/2017

Desde a época da colonização, no século XVI, os indígenas são vistos pelos europeus brancos como povos primitivos e que precisam ser civilizados. Hoje, no século XXI, pensamentos como esses ainda são perpetuados na sociedade brasileira e os povos indígenas continuam sendo segregados e dizimados. Nosso papel atual é o de reescrever essa história e, de vez por todas, encerrar essa herança de segregação.  Primeiramente, devemos olhar para o próprio comportamento do brasileiro. Émile Durkheim, sociólogo, desenvolveu a teoria do fato social, o definindo como o comportamento do indivíduo de acordo com as convenções vigentes da sociedade em que está. Trazendo para nossa realidade, somos inseridos dentro de uma sociedade em que o indígena é visto como um povo de cultura folclórica e atrasada. Um exemplo disso é o português ser considerado a língua oficial de nosso país, enquanto os mais de 270 idiomas indígenas são considerados apenas dialetos.  Descartes, filósofo, cunhou o cartesianismo, filosofia que questionava tudo. Provou assim sua existência frente à dúvida: se pensa, logo existe. Analogamente, hoje é a falta de indagação sobre a ordem social e então a perpetuação do senso comum que impede a ação de toda a sociedade sobre seus problemas. Esse pensamento pode ser exemplificado pela atuação das ONGs: elas não só questionam a ordem social, como também agem para que essa problemática seja melhorada.  Portanto, ao verificarmos o sucesso da ação das ONGs, fica claro que o caminho para um tratamento mais respeitoso em relação ao indígena é a atuação do governo em conjunto com as ONGs, organizando campanhas e cedendo espaço para que essas organizações possam efetuar seus trabalhos. Dessa forma, haverá uma mudança na ordem social e garantiremos que o índio possa sentir-se novamente em casa.