Enviada em: 10/06/2017

Um passado distante marcado pela violência e inferiorização de seus costumes durante a chegada de navegadores europeus no Brasil, marcou a história do povo indígena com massacres, exploração da terra, escravidão e missões civilizatórias. Um passado recente com atuação dos ativistas indigenistas irmãos Villas-Bôas e a criação da FUNAI(Fundação Nacional do índio), constituíram tentativas frustradas de defesa dos territórios e costumes nativos. O presente, entretanto, se assemelha mais ao ano de 1500, em que os interesses econômicos de grandes latifundiários se sobrepõe a valorização e ao respeito ao índio.  Na década de 60 com o início da mecanização do campo ocorreu a inserção do cultivo de soja para exportação no centro-oeste e parte do norte do país, analogamente á expansão da pecuária. As reservas indígenas então se tornaram alvo de fazendeiros que visam o desmatamento dessas áreas para lucrar, o que gera atuações violentas, invasões e matança de índios que procuram defender suas terras. Os conflitos se intensificam quando o governo não consegue agir efetivamente na legalização desses territórios em nome dos habitantes locais.  Dentre os fatores que geram os protestos indígenas, está a instalação de hidrelétricas como a de Belo Monte na bacia do rio Xingu, Pará, onde se encontra o Parque indígena do Xingu. A construção de represas nesse local causará a necessidade de migração dos índios para outras áreas. Contudo, a mentalidade de extermínio das comunidades indígenas não se limita ao interior do país, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro por exemplo, em 2013 a polícia militar organizou uma ação para a retirada dos índios que viviam no antigo Museu do índio, na chamada aldeia Maracanã.  Portanto, é necessário uma atuação midiática no desenvolvimento de campanhas que sensibilizem o governo para seu papel efetivo na defesa dos direitos territoriais e culturais indígenas. Além disso, as escolas poderiam criar palestras para conscientização social, que associem a preservação desse povo com a proteção da própria cultura brasileira.