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Enviada em: 25/06/2017

Quando as caravelas portuguesas chegaram em Porto Seguro no dia 22 de abril de 1500, haviam ,aproximadamente, 5 milhões de indígenas em todo o território nacional. Passado mais de 500 anos, muitos povos e dialetos entraram em extinção, restando apenas 896,7 mil índios e 274 idiomas em todo o país. Tal fato evidencia o genocídio cometido na América Portuguesa. O índio brasileiro, na atualidade, ainda carrega "marcas" desse massacre, sendo uma delas a marginalização social e a negligência aos seus direitos, quadro esse que deve ser urgentemente revertido. O direito indígena se insere dentro da problemática de como lidar com os resquícios da desigualdade de uma colonização que continua criando um panorama de crueldade, de negação da preservação de sua diversidade, da humanidade e da posse de terras. Cerca de 98% das terras indígenas se localizam na Amazônia Legal, região de graves conflitos envolvendo fazendeiros e índios. O mais recente confronto ocorreu em maio de 2017 no Maranhão, onde ameríndios tiveram suas mãos cortadas. Grande parte dos desentendimentos deve-se a cobiça dos latifundiários pelas riquezas hídricas e minerais, encontradas nos territórios dos índios. A homologação de terras é uma das principais lutas da causa indígena, e a que mais sofre resistência , principalmente, da elite latifundiária e da bancada ruralista. Bancada esta, que representa os interesses do agronegócio no Congresso e pretende votar a PEC 215, podendo dificultar a vida dos índios, pois transfere do Executivo para o Legislativo o direito de legitimar as terras. Tal medida, poderá ocasionar o aumento dos confrontos envolvendo os grandes proprietários de terra e os ameríndios. Logo, para que o problema da marginalização social dos povos indígenas seja solucionado, é preciso que a FUNAI os auxilie, garantindo e lutando pelos seus direitos e promovendo a sua preservação. Também é viável a sua participação ativa na vida das comunidades assim, ajudará para que massacres como o ocorrido no Maranhão não se repitam. A fim de que a questão do desrespeito aos direitos indígenas possa ser minimizado, é necessário que a mídia por meio de reportagens e documentários de visibilidade a causa dos ameríndios. Com a implantação e vigilância de tais medidas será possível reverter o quadro de negligência ao nativo brasileiro.