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Enviada em: 25/06/2017

Em território brasileiro, no início do século XVI, estima-se que houvesse entre 4 e 5 milhões de índios. Tal número foi extremamente reduzido por massacres realizados pelos colonizadores e, posteriormente, os conflitos com aqueles (fazendeiros e garimpeiros) que invadiram terras nativas. Esse cenário, entretanto, mudou bastante; atualmente, o índio brasileiro tem recebido foco no que tange às discussões de seus direitos, embora de maneira insuficiente.       O Brasil possui uma imensa diversidade étnica e linguística. Tal diversidade é tida como um fator enriquecedor cultural da nacionalidade, esta conhecida por sua enorme miscigenação. Defronte a isso, o povo indígena tem enorme contribuição para a nacionalidade brasileira e não é por acaso, há muitas pessoas, ao redor do país, que se autodeclaram indígenas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) o número de autodeclarados é de, aproximadamente, 900 mil pessoas, representando 0,45% da população brasileira. Contudo, o índio brasileiro sofre demasiada discriminação por parte da sociedade, situação que pode ser revertida por meio da conscientização das pessoas.       Além da discriminação sofrida, existe, também, a omissão do poder público em relação aos direitos indígenas, sobretudo, referente ao direito à terra. Na atualidade, há cerca de 500 terras indígenas e em muitas delas o processo de demarcação nem foi iniciado. A falta de demarcação gera conflitos violentos e consequências desastrosas. No ano de 2015, consoante o Datafolha, mais de 50 índios foram assassinados decorrentes  de tais conflitos. A gradação de mortes consequentes dos conflitos explicita o conceito da Teoria das Janelas Quebradas, o qual diz que a desordem gera desordem. Desordem causada pela omissão do Estado, este que deve atender os direitos dos índios satisfatoriamente.       Por conseguinte às causas que acometeram essa problemática, faz-se mister a intervenção de dois agentes em prol do índio brasileiro: o Estado e a sociedade. Esta, através de ONG's, deve compartilhar cartilhas, físicas e virtuais, a fim de conscientizar a população do diferencial cultural do povo indígena para extinguir a discriminação supracitada. Aquele, deve reforçar as leis de proteção aos índios, como pessoas físicas e culturalmente; ademais, deve, também, engendrar celeridade das demarcações das terras, citadas anteriormente, para que sejam findados os conflitos. Dessa forma, promover-se-á o atendimento dos direitos dos índios buscando, assim, reparar o sofrimento desse povo.